Francisco será o primeiro pontífice a viajar a este país asiático, que faz fronteira com a Rússia e a China.
Foto: Vatican News
Redação (04/06/2023 12:18, Gaudium Press) A Sala de Imprensa do Vaticano informou ontem, dia 3 de junho, que Francisco, em sua 43ª viagem apostólica internacional, irá à Mongólia a convite do seu presidente e das autoridades eclesiásticas locais. Situada entre a Rússia e a China, com uma população de 3 milhões, a Mongólia possui apenas cerca de mil católicos – equivalente a 0,02% da população –, mas é uma comunidade viva que só pôde professar oficialmente a sua fé e realizar as suas atividades religiosas em 1990, após setenta anos de regime comunista, e estabelecer relações com a Santa Sé dois anos depois.
A viagem apostólica do papa terá início no final de agosto, três semanas após sua ida à Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude.
Na terra de Gengis Khan
A hipótese de uma viagem a este país – antigo império de Gengis Khan, que ocupa o segundo lugar no ranking dos países menos populosos do mundo devido aos grandes contrastes climáticos (+40° no verão, -40° no inverno) – já vinha sendo estudada há algum tempo. A Mongólia é uma terra de nômades e pastores, onde um terço do total vive abaixo da linha da pobreza. A intenção de visitar este país foi manifestada pelo próprio Francisco em algumas entrevistas no avião ou em audiências públicas.
O Prefeito Apostólico de Ulan Bator (Ulaanbaatar), capital da Mongólia, Cardeal Giorgio Marengo – missionário da Consolata, que se tornou após o Consistório de agosto de 2022 com seus 48 anos o mais jovem do Colégio Cardinalício – ressaltou que esta viagem é um sinal muito importante para a Igreja na Mongólia, um sinal da atenção e da proximidade do Santo Padre à pequena e jovem comunidade.
Hoje, vinte e quatro horas após o anúncio da viagem apostólica que levará o papa Francisco à Mongólia de 31 de agosto a 4 de setembro, o Arcebispo Paul Richard Gallagher viajou ao país asiático. A visita faz parte das relações bilaterais com a Santa Sé. O Secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais estará na Mongólia até 6 de junho. Além de uma celebração na capital, vários encontros com os principais representantes das autoridades do país estão agendados.
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