O Reitor-mor dos salesianos falou com o Papa no dia 11 de julho sobre uma nova missão. Qual será?
Foto: Agência Salesiana de Informações
Redação (14/07/2023 16:57, Gaudium Press) Como já foi destacado por diversos meios de comunicação, ultimamente não se via um superior religioso em exercício se tornar cardeal sem aviso prévio.
Pe. Ángel Fernández Artime, reitor-mor dos Salesianos, o asturiano que, desde 2014, dirige a família fundada pelo imortal Dom Bosco, a partir de 30 de setembro será um dos 10 cardeais salesianos existentes, dos quais seis ainda têm a possibilidade de eleger um novo Papa.
Aliás, a surpresa também foi grande para ele, não só pela sua elevação ao cardinalato, mas pelo que aconteceria com as suas funções à frente da família salesiana, como declarou há dois dias numa carta: “E agora, o que acontecerá? E como ficará a Congregação num futuro próximo?”, questionou.
No entanto, como se estivessem lendo seus pensamentos, meia hora depois do Angelus no qual havia anunciado os 21 novos cardeais, o Pe. Artime recebeu uma carta de Francisco dizendo que queria falar com ele. Isso aconteceu no dia 11 de julho, e lá eles concordaram sobre “o tempo necessário” em seu trabalho como superior salesiano, “para o bem, acima de tudo, da Congregação” que ele dirige.
Pe. Fernández Artime revela que o Papa considerou apropriado que, após a sua criação como cardeal, ele continue segurando as rédeas salesianas, mas até 31 de julho de 2024: “Após esta data, apresentarei a minha renúncia como reitor-mor por ter sido chamado pelo Santo Padre para um serviço que me confiará. Foi isso que ele me comunicou”.
Qual será esse serviço? O sacerdote disse que Francisco ainda não lhe comunicou, mas já pediu “que rezem por mim diante da perspectiva de um novo serviço na Igreja que, como filho de Dom Bosco, aceito em obediência, sem tê-lo procurado ou desejado. Nosso querido Padre Dom Bosco é testemunha disso diante do Senhor Jesus”.
Abertas as possibilidades e as apostas, já começa a circular que ele poderia ocupar a sé de Barcelona, que tem à sua frente o Cardeal Omella de 77 anos.
Mas há outros ventos mais ousados que sussurram que sua missão será a de Prefeito do Dicastério para religiosos, para o qual concorreria não apenas sua condição de pertencer a uma família religiosa, algo que carece ao atual prefeito, mas sua vasta experiência internacional adquirida como reitor-mor por quase dez anos.
Enfim, haverá tempo para previsões. Por enquanto, os salesianos celebram, e também aqueles que apreciam em todo o mundo o bom trabalho realizado pelos filhos de Dom Bosco nos quatro cantos da Terra. (SCM)
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