Sofrendo de uma doença mitocondrial que, na Inglaterra, é considerada incurável, ela recebeu uma esperança de vida com a concessão da cidadania italiana e a oferta do Hospital Pediátrico Bambino Gesù para continuar o tratamento”.

Redação (14/11/2023 16:32, Gaudium Press) A morte de Indi Gregory, de oito meses, ocorrida na madrugada de ontem, se parece muito com uma pena de morte. Sofrendo de uma doença mitocondrial considerada incurável na Inglaterra, ela recebeu uma esperança de vida com a concessão da cidadania italiana e a oferta do Hospital Infantil Bambino Gesù para continuar o seu tratamento.

“Depois da morte de Indi, minha esposa e eu estamos com raiva, com o coração partido e envergonhados”, disse Dean, seu pai.

“O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido e os tribunais deste país não só lhe tiraram a chance de viver, como também lhe tiraram a dignidade de morrer em casa. Eles conseguiram tirar o corpo e a dignidade de Indi, mas nunca poderão tirar sua alma. Eu sabia que ela era especial desde o dia em que nasceu, tentaram se livrar dela sem que ninguém soubesse, mas Clare e eu fazemos questão de que ela seja lembrada para sempre”. Para os pais de Indi, a determinação britânica parece uma pena de morte, decretada, inapelável e friamente executada. Nem sequer ajudou o fato de uma nação importante como a Itália tê-la reconhecido como uma de suas cidadãs. Porém sua memória continuará viva.

O argumento do Estado britânico para não permitir que ela viajasse para a Itália foi que isso não seria “do interesse da criança” e que ela sofreria mais fisicamente. Para ela não sofrer, que morra, foi o recado.

Em meio à tragédia, uma excelente notícia: há alguns dias, em 22 de setembro, Indi havia sido batizada em seu leito no Queen Medical Center, em Nottingham. Ela é um anjo, já está no céu. Que ela interceda por nós que permanecemos na Terra, também pelos autores da cultura da morte que acabaram por afetá-la.

Indi agora se junta a dois outros casos semelhantes na Inglaterra, o de Alfie Evans e Charlie Gard.

Após a morte de Indi, os bispos emitiram um comunicado, pedindo que seja dado mais peso à voz dos pais nesses casos.

“Uma maneira simples de começar a remediar isso seria alterar a Lei de Saúde e Cuidados de 2022, reintroduzindo a emenda da Baronesa Ilora Finlay sobre ‘Resolução de Disputas em Cuidados Paliativos Infantis’, formulada após a morte de Charlie Gard.”

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