Segundo uma pesquisa, apenas uma pequena parcela da população alemã lê a Bíblia regularmente, mas muitas pessoas acham seu conteúdo interessante.
Redação (30/06/2023 15:17, Gaudium Press) Foi divulgado ontem, 29 de junho, o resultado de um estudo realizado em 2022, na Alemanha, por teólogos da Universidade de Leipzig que entrevistaram um total de 1209 pessoas com e sem laços com a Igreja (católica e protestante), como parte de seu projeto Múltiplo Uso da Bíblia na Sociedade Moderna. Este estudo foi dirigido pelo sociólogo de religião Prof. Dr. Gert Pickel e Prof. Dr. Alexander Deeg do Instituto de Teologia Prática da Universidade de Leipzig, que questionaram sobre a posse, uso e compreensão da Bíblia.
Apenas 30% dos alemães usam a Bíblia pelo menos uma vez por ano; 1,6% a leem diariamente e 3,2% semanalmente. Pouco mais da metade tem um exemplar impresso da Bíblia em suas casas, mas formatos digitais e derivados bíblicos também são usados. Os formatos digitais não substituíram a Bíblia impressa. De acordo com o estudo, cerca de 11% geralmente leem a Bíblia em formato e-book, em um aplicativo ou em sites na Internet. A Bíblia em áudio é usada com frequência, especialmente, por entrevistados mais idosos (9%).
No entanto, 40% das pessoas sem afiliação religiosa acham o conteúdo bíblico interessante. Em comparação com 2014, a proporção de leitores da Bíblia não diminuiu, mas sim a frequência de uso, afirma Deeg. “Vemos que o número de não-leitores é alto”, acrescenta Pickel, “Fiquei surpreso com o uso relativamente baixo da Bíblia entre católicos e protestantes”. A razão dada era geralmente a falta de relevância pessoal da Bíblia para suas vidas. De fato, 80% dos não-leitores disseram não ver razão para ler a Bíblia.
Porém, o estudo mostra que “a Bíblia como patrimônio cultural é importante para a sociedade”, explicou Pichel. Os leitores da Bíblia são predominantemente da opinião de que este livro em particular ainda tem algo a dizer a eles hoje e que as reivindicações da Bíblia certamente podem ser transferidas para os dias atuais. Ou seja, 90% dos leitores da Bíblia e 63% dos que não a leem acreditam que a Bíblia oferece normas e valores centrais para a sociedade. E 46% dos leitores da Bíblia acreditam que a política deve ser baseada na Bíblia.
Pickel destacou que as pessoas tomam contato com a Bíblia geralmente entre os 4 e 14 anos, principalmente no ensino religioso, nos cultos da igreja e na preparação para a Primeira Comunhão e o Crisma, por influência dos pais e avós.
Com informações Universität Leipzig
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