Dom Dieser diz que os debates que aconteceram lá mudaram seu pensamento.

Redação (08/09/2022 18:28, Gaudium Press) Começou ontem a quarta assembleia do Caminho Sinodal Alemão, do qual já pouco surpreende.

“Esforços para integrar a ideologia de gênero no ensino católico”, “visão pelagiana da Igreja”, abuso do direito canônico, desejos de “converter leigos em sacerdotes”, são apenas alguns dos desvios do documento para esta quarta assembleia, segundo a análise do Die Tagespost, noticiada pela Infocatólica.

Mas apenas para ratificar que o ambiente do Caminho Sinodal nada mais é do que a expressão da grave crise doutrinal e pastoral que a Igreja alemã sofre há muito tempo, os meios de comunicação agora relatam o desejo de Dom Helmut Dieser, Bispo de Aachen, de um ‘maior desenvolvimento’ da doutrina da Igreja sobre sexualidade e contracepção, que é evidentemente o desejo de uma mudança nessa doutrina. Ele ainda disse que gostaria de uma reavaliação do ensino sobre contracepção, em entrevista ao suplemento Zeit – Christ und Welt.

Para Dom Dieser, se o Concílio Vaticano II permitiu aos pais decidir quantos filhos querem ter, a escolha dos métodos de como realizar é algo secundário.

O chamado Caminho Sinodal Alemão fez um ‘apostolado’ e operou uma metanoia no bispo de Aachen, que declara que sua visão da homossexualidade mudou muito graças aos debates que ali aconteceram.

“A homossexualidade não é culpa de Deus, mas é ordenada por Deus na mesma medida que a própria criação.” Casais homossexuais também podem seguir Jesus aceitando um ao outro e sendo fiéis em seu relacionamento, afirmou. “Não estamos falando de poliamor, mas de relacionamentos de casais comprometidos”, esclarece, embora não explique como isso se concilia com a doutrina da Igreja que considera a orientação homossexual como objetivamente desordenada e os atos homossexuais como intrinsecamente maus. Coerente com seu novo pensamento, o Bispo diz que ‘pecado’ é um “conceito questionável” em relação à homossexualidade.

O bispo de Aachen também relativiza a identidade do homem e da mulher, quando diz que também acredita que não há “nenhum cem por cento binário” na atribuição pessoal ao gênero feminino ou masculino. “Mesmo que haja um binário amplo, algumas pessoas dizem: eu sou algo entre os dois. Ou: quero deixar em aberto.”

Com informações Infocatolica.

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