É a Mãe de Deus que defende a Igreja, socorre nas perseguições e se faz inimiga de seus inimigos!
Redação (12/09/2022 08:38, Gaudium Press) Derrotados no Golfo de Lepanto, os asseclas de Maomé continuaram a hostilizar a Cristandade por terra. Nossa Senhora, porém, não abandona os seus, e suscitou em defesa da Cruz um homem, cheio de fogo, coragem e piedade: o Beato Marco d’Aviano.
Capuchinho íntegro e decidido, Frei Marco chegou a ser conselheiro do Imperador Leopoldo I quando as tropas otomanas cercaram Viena.
O soberano era de boa índole e religioso, mas de caráter indeciso; com seu pulso firme e sabedoria sobrenatural, o frade lhe servia de guia espiritual e assistente nas questões de governo.
Em Roma o Bem-Aventurado Inocêncio XI, Papa de têmpera varonil e indomável, capitaneava a nau de São Pedro. Todavia, suas tentativas de abrir os olhos das nações europeias para as atrocidades praticadas pelos sequazes da meia-lua não impactavam os cristãos, guiados por príncipes divididos entre si e pouco interessados na glória de Deus.
A fim de mover os Céus em favor de uma Europa indolente e impetrar a união dos príncipes contra a ameaça turca, o Pontífice promoveu a coroação da imagem da Mãe do Bom Conselho de Genazzano.
A vitória
Esse gesto de louvor e piedade constituiu a centelha capaz de atear o incêndio de graça que derreteria os egoísmos e fomentaria o estabelecimento da coalizão católica. Graças às tratativas pontifícias, as quais tiveram como protagonista imediato o Beato d’Aviano, em 8 de setembro de 1683 encontravam-se reunidas sobre o Monte Kahlenberg, nas proximidades de Viena, as tropas da Santa Liga, lideradas pelo incansável lutador João Sobieski, rei da Polônia. Carlos de Lorena estava à frente das forças imperiais e era o segundo no comando.
Antes da batalha se celebrou o Santo Sacrifício com a presença de trinta e dois príncipes de sangue, inúmeros nobres e uma multidão de soldados. O próprio Sobieski acolitou a Missa. No fim da celebração, o frade capuchinho deu a bênção dizendo:
“Em nome do Santo Padre, digo-vos que, se tiverdes confiança em Deus, a vitória é vossa!”
No dia 12 de setembro, as tropas católicas desceram o monte surpreendendo pelas costas o acampamento inimigo. Apesar da esmagadora superioridade numérica dos turcos, as fileiras da Virgem fenderam as hostes do adversário e, após árduos combates, salvaram Viena.
Em ação de graças pela vitória, Inocêncio XI estendeu à Igreja Universal a festa do Santíssimo Nome de Maria. Por meio de homens providenciais, alentados pelo bafejo puríssimo e combativo de Nossa Senhora, a Cristandade fora salva do naufrágio da Fé.
Texto extraído, com adaptações, do livro Maria Santíssima! O Paraíso de Deus revelado aos homens. Parte II. Por Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP.
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