O fenômeno já começa a ser estudado e a ter repercussões no exterior. Um jornalista israelense quis verificar o fato e andou pelas ruas vestido com um hábito franciscano. Ficou chocado.
Foto: Captura de tela/ Twitter/ Yossi Eli
Redação (23/06/2023 15:37, Gaudium Press) Após um aumento significativo de casos de assédio a clérigos cristãos em Jerusalém, com os judeus cuspindo em cristãos, Yonatan Moss, introduziu a reportagem da última sexta-feira com o provocativo título: “Por que certos judeus cospem em gentios?” Moss é professor de religião na Universidade Hebraica de Jerusalém, e sua participação na reportagem mostra a proporção que o fenômeno atingiu.
As gravações deste fato já circulam regularmente pelas redes sociais.
Nos últimos dias, o jornalista Yossi Eli, correspondente do canal israelense News 13 para assuntos de Jerusalém, polícia, bombeiros e serviços de resgate, teve a ideia de sair às ruas vestido com um hábito franciscano.
“Humilhações, cuspes e espancamentos. Nos últimos seis meses, o cristianismo em Israel está sob ataque. Cada vez mais crimes de ódio contra o clero cristão e símbolos cristãos. Após um grande número desses casos, decidimos pedir um hábito de frade franciscano e saímos com frades do Vaticano para verificar as ruas da cidade velha”, escreveu Eli em sua conta no Twitter. “Os resultados foram surpreendentes. Alguns não pararam de cuspir em nós e nos menosprezar”.
השפלות, יריקות ומכות. בחצי שנה האחרונה הנצרות בארץ תחת מתקפה. יותר ויותר פשעי שנאה כלפי אנשי דת נוצרים וסממנים נוצרים. בעקבות כמות גדולה של מקרים כאלו, החלטנו לבקש גלימת כומר פרנציסקני ויצאנו עם כמרים מהותיקן לבדיקה ברחובות העיר העתיקה. התוצאות מטןרפות. לא הפסיקו לירוק עלינו… pic.twitter.com/i0KVevHIkw
— Yossi Eli יוסי אלי (@Yossi_eli) June 22, 2023
O cuspe não discrimina sexo, e é comum ver judeus cuspindo nos pés das religiosas. Seus autores não são exclusivamente judeus ultraortodoxos, mas também de outras correntes. Às vezes não é só cuspir, mas agressão verbal e física. Também não são exclusivamente visados os religiosos, mas também os peregrinos e os edifícios cristãos.
Este assunto, que se intensificou nos últimos seis meses, já é uma preocupação fora de Israel. Por exemplo, mereceu há poucos dias uma notícia do correspondente do Le Figaro na Terra Santa, intitulada “Em Jerusalém, cristãos vítimas de cuspe por parte de judeus ortodoxos”.
Em suma, é claro que o que acontece em Israel e especificamente em Jerusalém tem rápida repercussão em todo o mundo, sendo esta cidade comumente um pequeno espelho das tensões mundiais, e um local dos mais sagrados não só para os judeus, mas para as três grandes religiões monoteístas.
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