No último sábado, uma procissão organizada por Paróquias francesas em memória dos mártires da Comuna de Paris foi atacada por militantes anticatólicos.
Redação (31/05/2021, 11:40, Gaudium Press) Neste ano de 2021 completam 150 anos da denominada Comuna de Paris. Sem entrar em comentários e considerações e colocando-se para além do fato histórico, a Comuna de Paris significou também o martírio de numerosos católicos.
Católicos franceses reverenciam mártires da Comuna de Paris
Foi exatamente por isso que cinco paróquias da Diocese de Paris, juntamente com várias associações diocesanas, organizaram no sábado, 29/05, uma procissão em memória das vítimas do massacre perpetrado na Rua Haxo, em Paris, durante a Comuna, no de 1871.
Uma manifestação religiosa, sem motivos políticos
Uma multidão de católicos dirigiu-se para a procissão programada a ser realizada a partir da Place de la Roquette, local onde foi martirizado, em 24 de maio de 1871, o Arcebispo de Paris, Dom Georges Darboy.
Da Praça, a procissão continuaria até a igreja de Notre-Dame-des-Otages, o mesmo lugar onde, há 150 anos, 49 católicos, entre eles dez religiosos, foram fuzilados pelos federados da Comuna.
A procissão, porém, foi atacada por militantes anticatólicos que ameaçaram, insultaram e até agrediram os fiéis que dela participavam.
“O objetivo era puramente religioso, não havia nada de político em nossa iniciativa. Famílias, idosos, jovens escoteiro… uma procissão simples e familiar”, de acordo com as declarações de Dom Denis Jachiet, bispo auxiliar de Paris.
Porém, quando o cortejo religioso chegou ao Cemitério do Père Lachaise, a tensão aumentou. Os fiéis participantes da procissão encontraram “manifestantes comunistas” com bandeiras vermelhas, gritando palavras de ordem carregadas de ameaças. Apesar disso, a procissão continuou.
Encapuzados atacam fiéis com socos, pontapés e atiram objetos
Depois de percorrer algumas centenas de metros, foi atacada por um grupo de encapuzados que se denominavam “antifa” que começaram a tirar bandeiras das mãos dos fiéis, arrancar a bandeira do monumento aos franceses, pisoteando com socos e pontapés os que participavam da procissão. Garrafas e arame farpado foram atirados contra o cortejo. Um dos participantes católicos ficou gravemente ferido na cabeça e teve de ser hospitalizado.
Fiéis refugiam-se em Igreja
Os poucos guardas de segurança fornecidos pela diocese e pela Ordem de Malta foram rapidamente esmagados. O único policial enviado pela prefeitura pediu reforços e tentou interpor-se entre os agressores e os fiéis armados com gás lacrimogêneo.
A procissão teve que ser encerrada. Os fiéis refugiaram-se na Igreja de Nossa Senhora da Cruz e lá ficaram esperando até que a polícia assegurasse sua integridade física. (JSG)
(Informações e foto InfoVaticana)
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