Quem quiser entender e saborear toda a plenitude das palavras de Cristo deve esforçar-se por conformar sua vida com a dele.
Redação (09/12/2023 11:27, Gaudium Press) “Quem me segue não anda nas trevas” (Jo 8,12) Com estas palavras, Cristo nos exorta a imitar a sua vida e costumes, se verdadeiramente queremos ser iluminados e livres de toda cegueira de coração.
Meditar na vida de Jesus seja, pois, o nosso principal empenho.
A doutrina de Cristo supera toda doutrina dos santos e quem tiver o seu Espírito encontrará o maná que nela está escondido.
A muitos, porém, acontece que, mesmo ouvindo com frequência o Evangelho, tiram dele pouco proveito, porque lhes falta o espírito de Cristo.
Quem quiser, pois, entender e saborear toda a plenitude das palavras de Cristo, deve esforçar-se por conformar sua vida com a dele.
Em verdade, as palavras sublimes não tornam o homem santo e justo; é a vida virtuosa que o torna agradável a Deus. É preferível sentir compunção a saber defini-la.
A suprema sabedoria consiste em buscar o Reino dos Céus pelo desprezo do mundo.
É vaidade, pois, acumular riquezas perecíveis e nelas pôr a confiança.
É vaidade, ainda, ambicionar honras e apreciar as altas posições.
É vaidade seguir os apetites da carne e desejar o que mais tarde será gravemente punido.
É vaidade desejar viver muito, sem se preocupar por viver bem.
É vaidade preocupar-se só com a vida presente e não prever a futura.
É vaidade amar o que tão depressa passa e não buscar, pressuroso, a felicidade que sempre dura.
Extraído de: TOMÁS DE KEMPIS. A Imitação de Cristo. São Paulo: Cultor de livros, 2019, p.26.
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