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3º Domingo da Quaresma

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(roxo, creio – 3ª semana do saltério)

Tenho os olhos sempre fitos no Senhor, pois ele tira os meus pés das armadilhas. Voltai-vos para mim, tende piedade, porque sou pobre, estou sozinho e infeliz! (Sl 24,15s)

A liturgia ressalta a misericórdia de Deus para conosco e sua solidariedade com todos os sofredores. O Pai bondoso e compassivo sempre está disposto a nos conceder novas possibilidades. Somos convidados a assumir uma caminhada de conversão, sem murmurações, apresentando ao Senhor os frutos que ele de nós espera. Jesus é o vinhateiro que intercede por nós e o rochedo que sustenta nosso viver.

Primeira Leitura: Êxodo 3,1-8.13-15

Deus nos chama e envia para participar de iniciativas de afirmação e defesa da dignidade do povo sofrido. Sua Palavra é o alimento espiritual que sustenta nossa caminhada e nos torna aptos a produzir bons frutos.

Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, 1Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Levou, um dia, o rebanho deserto adentro e chegou ao monte de Deus, o Horeb. 2Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia, e disse consigo: 3“Vou aproximar-me dessa visão extraordinária, para ver por que a sarça não se consome”. 4O Senhor viu que Moisés se aproximava para observar e chamou-o do meio da sarça, dizendo: “Moisés! Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou”. 5E Deus disse: “Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa”. 6E acrescentou: “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar para Deus. 7E o Senhor lhe disse: “Eu vi a aflição do meu povo que está no Egito e ouvi o seu clamor por causa da dureza de seus opressores. Sim, conheço os seus sofrimentos. 8Desci para libertá-los das mãos dos egípcios e fazê-los sair daquele país para uma terra boa e espaçosa, uma terra onde corre leite e mel”. 13Moisés disse a Deus: “Sim, eu irei aos filhos de Israel e lhes direi: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas, se eles perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’, o que lhes devo responder?” 14Deus disse a Moisés: “Eu sou aquele que sou”. E acrescentou: “Assim responderás aos filhos de Israel: ‘Eu sou’ enviou-me a vós”. 15E Deus disse ainda a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, enviou-me a vós’. Esse é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 102(103)

O Senhor é bondoso e compassivo.

1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / e todo o meu ser, seu santo nome! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / não te esqueças de nenhum de seus favores! – R.

2. Pois ele te perdoa toda culpa / e cura toda a tua enfermidade; / da sepultura ele salva a tua vida / e te cerca de carinho e compaixão. – R.

3. O Senhor é indulgente, é favorável, / é paciente, é bondoso e compassivo. / Quanto os céus por sobre a terra se elevam, / tanto é grande o seu amor aos que o temem. – R.

Segunda Leitura: 1 Coríntios 10,1-6.10.12

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – 1Irmãos, não quero que ignoreis o seguinte: os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e todos passaram pelo mar; 2todos foram batizados em Moisés, sob a nuvem e pelo mar; 3e todos comeram do mesmo alimento espiritual, 4e todos beberam da mesma bebida espiritual; de fato, bebiam de um rochedo espiritual que os acompanhava – e esse rochedo era Cristo. 5No entanto, a maior parte deles desagradou a Deus, pois morreram e ficaram no deserto. 6Esses fatos aconteceram para serem exemplos para nós, a fim de que não desejemos coisas más, como fizeram aqueles no deserto. 10Não murmureis, como alguns deles murmuraram e, por isso, foram mortos pelo anjo exterminador. 12Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Lucas 13,1-9

Glória e louvor a vós, ó Cristo.

Convertei-vos, nos diz o Senhor, / porque o Reino dos Céus está perto (Mt 4,17). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. 2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas, se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ 8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Num primeiro momento, o Evangelho relata dois fatos trágicos: as mortes provocadas por Pilatos e as mortes causadas por um acidente com uma torre. As pessoas que morreram não são mais pecadoras do que aquelas que não foram atingidas. Deus não é vingativo e não se alegra com a morte do pecador, mas torce pela sua conversão e vida. Os acidentes narrados não são castigos de Deus, mas podem ser ocasião para chamar à mudança de vida. Num segundo momento, o Evangelho narra a parábola da figueira que não produz frutos. Aceitando a proposta do agricultor, o dono lhe oferece mais tempo para que a figueira produza frutos. É tempo de conversão, é tempo de produzir frutos que enobreçam a vida. As duas partes falam da mesma realidade: a necessidade e a urgência de conversão. O grande risco é uma vida estéril, sem perspectivas, sem aspirações e sem avanços. Não podemos transformar o projeto de Jesus num “cristianismo estéril”.

(Dia a Dia com o Evangelho 2025 – PAULUS)

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