Eles deram exemplo da diversidade de vocações e chamados conferidos por Deus às almas e, principalmente, representam a perfeição com que estes chamados devem ser cumpridos.
Redação (29/06/2021 11:59, Gaudium Press) A Igreja Católica celebra no dia de hoje, 29 de junho, a Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo. Ambos são considerados os apóstolos por excelência por terem se distinguido na corrida pela difusão e conservação da Fé até chegar ao extremo ato de amor e coragem de entregarem suas vidas pela propagação da Boa Nova de Jesus Cristo.
De Simão a Pedro
São Pedro, antes chamado Simão, foi escolhido por Nosso Senhor Jesus Cristo juntamente com os outros onze apóstolos para propagar o Evangelho, a Fé Católica, uma doutrina nova dotada de potência que acabava de nascer.
São Pedro, foi quem por primeiro, entre os seguidores de Jesus, proclamou a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo quando o mestre perguntou aos seus discípulos: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. São Pedro tomou a palavra e respondeu: “Tu és o Messias, o Ungido, o Consagrado de Deus. Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16)
Em seguida, Nosso Senhor proferiu a famosa afirmação: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. São Pedro foi declarado pedra, para simbolizar a solidez e perenidade da Igreja que seria fundada sob a verdadeira rocha: Cristo. Ao ser declarado pedra, lhe foi conferido o poder das chaves, com o múnus de ligar e desligar na Terra e no Céu.
Após a morte de Cristo, São Pedro passou a desempenhar o papel de chefe visível da Igreja, vigário de Jesus Cristo, cuidando com especial solicitude do apostolado com as comunidades de origem hebraica.
São Paulo: de perseguidor de cristãos a Apóstolo de Jesus
São Paulo, por sua vez, antigo perseguidor dos cristãos, se converteu através de uma patente manifestação da vontade de Deus e passou a perseguir não mais os cristãos, mas a Glória de Cristo, difundindo a Palavra de Cristo.
Em suas inúmeras e sábias cartas está a comprovação do fogoso e incansável zelo que o consumia ao buscar por sua perseverança e amor a Deus, a divulgação da Boa Nova de Cristo e o progresso espiritual das diversas comunidades convertidas ao catolicismo.
Empreendendo viagens, percorrendo incansavelmente regiões, espalhando o Evangelho do Senhor ele confirma sua vocação de “Apóstolo dos Gentios”. Foi São Paulo que impulsionou a conversão dos povos não judeus, dando a eles também a oportunidade de fazer parte do Corpo Místico de Cristo e de seu Reino.
Martírio de São Pedro e São Paulo
São Pedro, após desempenhar magnificamente a missão de Vigário de Cristo, é preso e condenado à morte de Cruz, mas julgando-se indigno de morrer do mesmo modo que seu Senhor pede para ser crucificado de cabeça para baixo, e assim aconteceu.
É por demais longo o trabalho realizado por São Paulo. Seria quase impossível descrevermos aqui todo o trabalho realizado por ele, quer por sua extensa e gloriosa riqueza, mas também pelas inúmeras obras a favor do Cristianismo. E foi isso, aliás, que gerou contra ele um ódio inaudito. Levado ao cativeiro, São Paulo ficou por três anos no cárcere até ser condenado à morte por decapitação à espada.
Mesmo na hora de seu martírio não cessou de realizar prodígios admiráveis: ao ser decapitado sua cabeça bateu três vezes no solo, repicando em pontos diferentes dos quais originaram-se três fontes das quais, até hoje, jorra água em abundância.
Duas colunas, dois fundamentos
Ambos são considerados colunas e fundamentos da Igreja, pelo importantíssimo papel que desempenharam na propagação e defesa da Fé Cristã. Ambos levaram seu amor a Cristo ao mais alto grau que este pode chegar, a ponto de um pela Cruz e o outro pela espada, entregarem suas vidas pelo Senhor.
Resumindo: São Pedro e São Paulo se completam. Eles representam um dos grandes exemplos da diversidade de vocações e chamados conferidos por Deus às almas e, principalmente, representam a perfeição com que estes chamados devem ser cumpridos: total dedicação e amor ao Senhor. (EPC)
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