Uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência. Uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa dum apego perverso a certos bens.
Redação (18/08/2024 15:41, Gaudium Press) “O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência. É uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa dum apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. […]
Os pecados devem ser julgados segundo a sua 00. A distinção entre pecado mortal e pecado venial, já perceptível na Escritura, impôs-se na Tradição da Igreja. A experiência dos homens corrobora-a.
O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave à Lei de Deus. Desvia o homem de Deus, que é o seu último fim, a sua bem-aventurança, preferindo-Lhe um bem inferior. O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora ofendendo-a e ferindo-a.
O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, torna necessária uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração que normalmente se realiza no quadro do sacramento da Reconciliação. […]
Para que um pecado seja mortal, requerem-se, em simultâneo, três condições: É pecado mortal o que tem por objeto uma matéria grave, e é cometido com plena consciência e de propósito deliberado. […]
Comete-se um pecado venial quando, em matéria leve, não se observa a medida prescrita pela lei moral ou quando, em matéria grave, se desobedece à lei moral, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento.
O pecado venial enfraquece a caridade, traduz um afeto desordenado aos bens criados, impede o progresso da pessoa no exercício das virtudes e na prática do bem moral; e merece penas temporais. O pecado venial deliberado e não seguido de arrependimento, dispõe, a pouco e pouco, para cometer o pecado mortal. No entanto, o pecado venial não quebra a aliança com Deus e é humanamente reparável com a graça de Deus. Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade, nem, portanto, da bem-aventurança eterna”.
Extraído de: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 1849-1863.
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