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São Diogo – religioso

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É um dos santos mais populares da Espanha e da América Latina. É representado no humilde hábito de irmão leigo franciscano, com batina de saco, cordão e chaves para indicar suas funções de porteiro e cozinheiro do convento. O humilde e obediente frei Diogo, em se tratando de fazer o bem aos pobres, não hesitava em privar-se do próprio pão para levá-lo escondidamente a algum mendigo. E Deus mostrou que gostava desse gesto fazendo-o encontrar a cestinha de pães cheia de rosas. O prodígio foi recordado muitas vezes nas imagens populares ou nas igrejas franciscanas da Espanha, ou ainda nos dois ciclos de pinturas dos célebres Murillo e Aníbal Carracci.

Frei Diogo de Alcalá nascera de pais humildes por volta do ano de 1400, em São Nicolau do Porto em Andaluzia, onde passou os anos juvenis em solidão e penitência. O jovem autodidata da ascese cristã levava vida eremítica às margens do povoado natal, dedicando-se à meditação e à oração. Para a sua parca alimentação bastavam-lhe os produtos de sua pequena horta. Quanto ao vestir remendava os panos que o povo dava em troca de modestos trabalhos artesanais. Como sempre acontece, quem mais dá mais recebe. Assim o jovem acabou por atrair a si muitos doadores; para se furtar a eles julgou oportuno pôr-se sob a regra dos franciscanos de Arizafe, próximo a Córdoba, onde fez o noviciado como irmão leigo.

Em 1441 foi enviado como missionário às ilhas Canárias. Naquelas felizes ilhas submersas pelo sol vegetava a idolatria. Frei Diogo aí trabalhou alegremente e cinco anos depois a obediência lhe impôs aceitar o cargo de guardião, isto é, de superior, não obstante ser simples irmão leigo. Seu zelo deveria ser incômodo aos colonizadores que mantinham os indígenas na condição de escravos e tornaram-lhe a vida tão difícil que teve de voltar à Espanha em 1449.

No ano seguinte peregrinou a Roma para assistir à canonização de são Bernardino de Sena. Hóspede do convento de Aracoeli, foi retido em Roma por grave epidemia, que o viu na vanguarda da obra de assistência aos doentes, unindo ao exercício prático da caridade os dons carismáticos de que era dotado para a cura dos atingidos pela epidemia. Voltando à Espanha, continuou desenvolvendo os mesmos encargos de porteiro e cozinheiro em vários conventos, o último deles foi o de Alcalá de Henares, perto de Madri, onde concluiu santamente sua vida terrena a 12 de novembro de 1463. Foi canonizado em 1588 por Sisto V.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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