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Cessar-fogo em Gaza: um longo caminho rumo à paz

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“Estamos cientes de que o fim da guerra não significa o fim do conflito. Uma paz genuína e duradoura só pode ser alcançada por meio de uma solução justa que aborde a origem desta luta de longa data”, afirmaram os bispos da Terra Santa.

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Redação (18/01/2025 15:06, Gaudium Press) O acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e que envolve também a troca de reféns e prisioneiros foi anunciado pelos mediadores nesta última quarta-feira, e está atualmente programado para entrar em vigor neste domingo, às 12h15. Na primeira fase desse cessar-fogo, 33 prisioneiros israelenses serão libertados em troca de quase 1.900 prisioneiros palestinos, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Egito.

Pe. Gabriel Romanelli, pároco da Sagrada Família, a pequena comunidade católica em Gaza, agradece a “Deus por esta trégua”, e pede para que “os compromissos sejam respeitados”. Entretanto, todos esperam os pormenores do acordo que permitirá a saída dos feridos que necessitam de tratamento e o regresso de centenas de milhares de pessoas ao norte de Gaza.

Em um vídeo em espanhol, publicado na sua página do Facebook, Pe. Romanelli, comenta que “a trégua é uma boa notícia, mesmo que a sua implementação seja muito complicada. O mecanismo é longo e complexo; alguns pormenores ainda não foram revelados. Mas o que se sabe é que os reféns israelitas serão libertados, depois de terem sofrido durante quase um ano e meio a privação da sua liberdade. Por outro lado, os prisioneiros palestinianos detidos pelo Estado de Israel” também serão libertados, mas a ‘lista ainda não foi fornecida’.

Além da retirada militar e da autorização da ajuda humanitária, dois outros aspectos são analisados com grande atenção na paróquia da Sagrada Família.

“Fala-se do regresso das pessoas ao norte de Gaza, mas até agora há poucos pormenores”, diz o Pe. Romanelli no vídeo. “Dos 1,1 milhões de pessoas que viviam nesta zona antes da guerra, restam atualmente 400.000. Centenas de milhares de pessoas estão assim na parte sul, em tendas, caravanas ou contentores, à espera de regressar.

“Depois, há a questão dos muitos feridos que precisam urgentemente de tratamento, especialmente no estrangeiro, porque a maior parte do sistema de saúde aqui entrou em colapso com os bombardeios.”

“Será um longo caminho, mas agradecemos a Deus por esta trégua. Esperamos que os compromissos sejam respeitados e que este seja o início do fim desta guerra, conduzindo verdadeiramente à paz entre a Palestina e Israel. Uma paz baseada na justiça e na reconciliação”.

“Atualmente, somos cerca de quinhentas pessoas no complexo da Sagrada Família. Tivemos de transformar as salas de aula da escola em quartos para as famílias, mas continuamos a ensinar as crianças e os jovens para que não percam o ano letivo”.

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Os bispos católicos da Terra Santa emitiram uma declaração em resposta ao cessar-fogo:

“Estamos conscientes de que o fim da guerra não significa o fim do conflito. Uma paz genuína e duradoura só pode ser alcançada através de uma solução justa que aborde a origem desta luta de longa data.

“Rezamos para que este cessar-fogo traga serenidade e alívio a todos. Que este momento de calma permita a todos encontrar consolo, reconstruir as suas vidas e recuperar a esperança no futuro”.

Os prelados “aguardam ansiosamente” a volta dos peregrinos aos Lugares Santos, que “são lugares de oração e de paz”, e apelam aos fiéis e às pessoas de boa vontade para que “olhem para o futuro com uma esperança inabalável”.

“Que este cessar-fogo inspire novos esforços de diálogo, compreensão mútua e paz duradoura para todos. No início do Ano Jubilar dedicado à esperança que não decepciona, lemos neste acontecimento um sinal que nos recorda a fidelidade de Deus”.

Por fim, os bispos apelam aos líderes políticos e à comunidade internacional “para que desenvolvam uma visão política clara e justa para o período pós-guerra. Um futuro construído sobre dignidade, segurança e liberdade para todos os povos é um pré-requisito para uma paz verdadeira e duradoura. Exortamos todas as partes a implementar as etapas imediatas e a negociar de boa-fé as etapas futuras do acordo”.

 Com informações asianews

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