A Conferência Episcopal do Congo condenou veementemente a confiscação do passaporte de Mons. Donatien Nshole. “Estamos empenhados em buscar a paz para nosso povo sofredor e essa intimidação não nos desencoraja em nossa busca para encontrar uma solução pacífica para os problemas que o país enfrenta atualmente”.
Foto: Conférence Episcopale Nationale du Congo (CENCO)
Redação (28/02/2025 11:08, Gaudium Press) A Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) condenou a detenção sem motivo, no aeroporto internacional de Lubumbashi – a capital e a maior cidade da província do Alto Catanga, na República Democrática do Congo –, de seu secretário-geral Mons. Donatien Nshole.
“Condenamos veementemente essa grave tentativa de violar a liberdade de movimento de um prelado dessa categoria”, afirmaram os bispos da República Democrática do Congo (RDC) em um comunicado.
De acordo com a nota assinada por Dom Fulgence Muteba, Arcebispo de Lubumbashi e Presidente da CENCO, “no dia 26 de fevereiro, acompanhado pelo Presidente da Conferência Episcopal Nacional do Congo, ao retornar de Dar es Salaam – onde participou da reunião da Associação das Conferências Episcopais da África Central (ACEAC) sobre a busca pela paz na República Democrática do Congo e na sub-região dos Grandes Lagos –, Mons. Donatien Nshole teve seu passaporte confiscado por mais de uma hora por agentes da Diretoria Geral de Migração (DGM) no aeroporto internacional de Luano, em Lubumbashi, sob instruções de seus superiores. Nenhuma explicação foi fornecida para esse incidente”.
“A CENCO protesta e condena, nos termos mais enérgicos, esta grave tentativa de violar a liberdade de movimento de um prelado desta categoria. Estamos empenhados em buscar a paz para nosso povo sofredor e essa intimidação não nos desencoraja em nossa busca para encontrar uma solução pacífica para os problemas que o país enfrenta atualmente”, denunciou Mons. Fulgence Muteba Mugalu.
A Conferência Episcopal “também reafirma seu compromisso e determinação de continuar a iniciativa do Pacto Social para a Paz e a Coexistência na República Democrática do Congo e na região dos Grandes Lagos, em colaboração com a Igreja de Cristo no Congo (ECC)”.
“Espera-se que tais incidentes não se repitam”, conclui o comunicado.
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