(verde – ofício do dia da 3ª semana do saltério)
Confiei no vosso amor, Senhor. Meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes! (Sl 12,6).
Criada à imagem e semelhança de Deus, cada pessoa merece absoluto respeito, desde a mais tenra idade até o ocaso. Nesta liturgia, acolhamos, com um coração de criança, o amor do Senhor, que é “de sempre para sempre”.
Primeira Leitura: Eclesiástico 17,1-13
Leitura do livro do Eclesiástico – 1Da terra Deus criou o homem e o formou à sua imagem. 2E à terra o faz voltar novamente, embora o tenha revestido de poder, semelhante ao seu. 3Concedeu-lhe dias contados e tempo determinado, deu-lhe autoridade sobre tudo o que está sobre a terra. 4Em todo ser vivo infundiu o temor do homem, fazendo-o dominar sobre as feras e os pássaros. 5Deu aos homens discernimento, língua, olhos, ouvidos e um coração para pensar; encheu-os de inteligência e de sabedoria. 6Deu-lhes ainda a ciência do espírito, encheu o seu coração de bom senso e mostrou-lhes o bem e o mal. 7Infundiu o seu temor em seus corações, mostrando-lhes as grandezas de suas obras. 8Concedeu-lhes que se gloriassem de suas maravilhas, louvassem o seu nome santo e proclamassem as grandezas de suas obras. 9Concedeu-lhes ainda a instrução e entregou-lhes por herança a lei da vida. 10Firmou com eles uma aliança eterna e mostrou-lhes sua justiça e seus julgamentos. 11Seus olhos viram as grandezas da sua glória e seus ouvidos ouviram a glória da sua voz. Ele lhes disse: “Tomai cuidado com tudo o que é injusto”. 12E a cada um deu mandamentos em relação ao seu próximo. 13Os caminhos dos homens estão sempre diante do Senhor e não podem ficar ocultos a seus olhos. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 102(103)
O amor do Senhor por quem o respeita / é de sempre e para sempre.
1. Como um pai se compadece de seus filhos, / o Senhor tem compaixão dos que o temem. / Porque sabe de que barro somos feitos / e se lembra que apenas somos pó. – R.
2. Os dias do homem se parecem com a erva, / ela floresce como a flor dos verdes campos; / mas apenas sopra o vento, ela se esvai, / já nem sabemos onde era o seu lugar. – R.
3. Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme / é de sempre e perdura para sempre; / e também sua justiça se estende, † por gerações, até os filhos de seus filhos, / aos que guardam fielmente sua aliança. – R.
Evangelho: Marcos 10,13-16
Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, / pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores (Mt 11,25). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 13traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15Em verdade vos digo, quem não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele”. 16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Pela segunda vez ao longo desta semana, vemos Jesus tomar as crianças como exemplo de humildade e autenticidade. Há poucos dias, Jesus nos disse que sempre que acolhemos uma criança, símbolo da pessoa frágil e indefesa, é a ele que estamos acolhendo. Hoje dá um novo ensinamento, complementar àquele: o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes às crianças, ou seja, aos puros de coração. As crianças manifestam facilmente seus afetos, estão sempre disponíveis e costumam adotar espontaneamente o modo de ver dos pais. Por isso, Jesus afirma que o Reino de Deus pertence aos que são como crianças. Ou seja, fazem parte do Reino aqueles que estão abertos e aceitam a vontade do Pai, acolhendo a salvação e o modo de vida que ele propõe; está aberto aos que imitam o Pai como uma criança.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 – PAULUS)