Em um texto preparado para o Angelus deste domingo, 9 de março, o Papa Francisco agradeceu àqueles que se dedicam ao trabalho voluntário, àqueles que cuidam dos doentes, àqueles que continuam a rezar por ele durante sua longa permanência no hospital, e expressou sua preocupação com o reinício da violência na Síria.

Foto: iubilaeum2025
Redação (09/03/2025 11:50, Gaudium Press) Após a celebração da Eucaristia pelo mundo do voluntariado, que está vivendo o seu Jubileu, a Santa Sé publicou o texto preparado pelo Papa Francisco para o Ângelus do primeiro domingo da Quaresma.
“Gostaria de agradecer a todos aqueles que demonstram sua proximidade comigo em oração: obrigado a todos do fundo do meu coração! Eu também rezo por vocês”.
Esta é a afetuosa mensagem do Papa Francisco, de seu apartamento no décimo andar da Policlínica Gemelli, onde está hospitalizado por causa de uma pneumonia bilateral desde 14 de fevereiro. Nesta mensagem, ele não se esquece dos médicos, dos voluntários, da equipe da Cúria, das pessoas em guerra. O mundo está sempre em seus pensamentos. Um mundo que oferece gratuidade e cuidado, um mundo que o ajuda a governar a Igreja, um mundo que sofre.
E enquanto estou aqui, – continuou o Papa – “penso em tantas pessoas que, de diferentes maneiras, estão próximas dos doentes e são para eles um sinal da presença do Senhor. Precisamos disso, do “milagre da ternura”, que acompanha aqueles que estão passando por provações, levando um pouco de luz na noite de dor”.
Voluntariado é um sinal de esperança
No texto, o pontífice – recordando que, na manhã deste domingo, na Praça São Pedro, foi celebrada a Santa Missa pelo mundo do voluntariado – agradece àqueles que se dedicam ao voluntariado, cada vez mais necessário em nossas sociedades “demasiadas subjugadas às lógicas do mercado, onde tudo corre o risco de estar sujeito ao critério do interesse e à busca do lucro, o voluntariado é profecia e sinal de esperança, porque testemunha a primazia da gratuidade, da solidariedade e do serviço aos mais necessitados”.
Francisco diz que se une espiritualmente à Cúria Romana, que entra na semana de exercícios espirituais, exortando a viver a Quaresma como “um tempo de purificação e renovação espiritual, um caminho de crescimento na fé, na esperança e na caridade”.
Apelo à paz
“Juntos, continuamos a invocar o dom da paz, especialmente na martirizada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano e em Myanmar, no Sudão e na República Democrática do Congo. Em particular, fiquei sabendo com preocupação sobre a retomada da violência em partes da Síria: espero que ela cesse de uma vez por todas, com total respeito por todos os componentes étnicos e religiosos da sociedade, especialmente os civis”, conclui.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou no sábado, 8 de março, que “745 civis alauitas foram mortos na região da costa síria e das montanhosas de Latakia pelas forças de segurança e grupos afiliados” desde quinta-feira, durante operações e combates com os partidários do presidente deposto Bashar al-Assad no oeste do país. O OSDH relatou “execuções sectárias ou regionais”. Neste domingo, o líder Ahmad al-Chareh pediu unidade nacional e paz civil na Síria.
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