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Santo Ildefonso – arcebispo

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Ildefonso é a forma original de Afonso, em espanhol, palavra de origem visigótica parecendo significar “pronto para a batalha”.

Nascido em Toledo, de sangue real, a 8 de dezembro de 606. Foi pela intercessão de Nossa Senhora que seus pais obtiveram do céu este filho. Crê-se que estudou com santo Isidoro em Sevilha e aí aprendeu a desprezar o espírito do mundo. Voltando para a casa dos pais, pediu-lhes para fazer-se monge no mosteiro de Agalia, perto de Toledo. Tendo-se tornado, pela morte dos pais, herdeiro de rica fortuna, empregou toda a sua herança na fundação de um mosteiro para religiosas. Heládio, bispo de Toledo, ordenou-o diácono. Os monges de Agalia, após a morte de seu abade, elegeram-no para sucedê-lo no cargo abacial. Participou nessa qualidade dos concí-lios de Toledo de 653 e 655. Em 657, morrendo Eugênio, bispo de Toledo, foi escolhido pelo clero e os fiéis como sucessor. Não querendo aceitar, escondeu-se, mas foi achado, e levado escoltado à cidade para a consagração episcopal.

Investido em seu cargo, Ildefonso não negligenciou coisa alguma para manter seu rebanho na pureza dos costumes e na integridade da fé. Às funções apostólicas da pregação juntou a elaboração de diversas obras, das quais a mais famosa é seu livro sobre a virgindade perpétua de Maria, contra Joviniano, Helvécio e um judeu, na qual se nota a sua piedade.

No dia de santa Leocádia (9 de dezembro), esta célebre mártir, cujas relíquias desejava encontrar, se dignou manifestar-se a ele indicando o local onde repousava seu corpo.

Santo Ildefonso foi ardente propagador da festa da Expectação do divino parto de Maria. Certo ano, antes das Matinas dessa solenidade, aconteceu que a Santíssima Virgem lhe apareceu sentada no trono pontifical, rodeada de um grupo de virgens executando cantos celestiais e o revestiu com magnífica casula enviada por Jesus. Assim conta o livro das Lendas de Maria, que esteve em grande voga nos séculos XII e XIII.

Morreu Ildefonso a 23 de janeiro de 667. Seu corpo inumado na igreja de santa Leocádia, foi transferido, por medo dos mouros, para Zamora, onde o veneraram até 888. Em 1400, foi tirado de sob ruínas e novamente exposto à veneração dos fiéis.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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