Quando começou a quarentena obrigatória e nos trancaram em nossas casas, eu tive alguns pensamentos egoístas. Pensava na minha família e achava que o amor não pode ser trancafiado, que eu deveria espalhá-lo pelo mundo. Compreendi, entretanto, que eu estava errado – e perdi perdão a Deus.
Estas palavras da Bíblia me ajudaram muito:
“Mas qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?” (Lucas 12,25).
Com frequência, digo que sou um escritor católico. Católico? Bem… Então o que devo fazer? Como viver minha fé durante a pandemia? A fé sem obras está morta. Então, é hora de agir!
Apesar de nos terem enchido de medos, vi muitos gestos de empatia, gestos maravilhosos através dos quais cada um compartilhava o que sabia fazer. Músicos que, de suas varandas, tocavam instrumentos para fazer companhia a quem se sentia só. Fiquei sabendo que sacerdotes foram visitar doentes, expondo-se à enfermidade. Médicos e enfermeiras que nunca abandonaram seus pacientes. Foram momentos extraordinários de grande humanidade e amor ao próximo.
A solidariedade em um mundo de mudanças
A vacina começa a ficar disponível e lentamente está chegando às pessoas. Enquanto isso, o que podemos fazer?
A primeira coisa é amar. Devemos amar. A todos. Por exemplo: quantos idosos sentem uma profunda e espantosa solidão? Acompanhe-os da maneira que for possível. Faça com que eles sintam sua presença e seu carinho.
Além disso, reze muito. São tempos de santidade e oração. Devemos rezar por todos os que enfrentam a pandemia: doentes, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e por todas as almas que já partiram.
Nunca o mundo esteve tão necessitado de oração como agora, pois uma grande falta de fé se apodera do planeta.
Amado leitor, cuide-se! E cuide de sua alma. Ame e deixe que Deus se faça presente em sua vida e transforme tudo ao seu redor. Seja um reflexo do imenso amor de Deus.
Fonte: Aleteia