O Cardeal Arcebispo de Munique declarou que, em âmbito local, serão debatidos temas como o papel das mulheres na Igreja e questões de sexualidade.
Redação (08/11/2024 13:14, Gaudium Press) A Conferência Episcopal de Freising – que congrega os bispos da Baviera – discutiu, em sua última reunião, os resultados do recente Sínodo sobre a sinodalidade. A declaração divulgada no início da semana por quatro bispos, entre os quais se encontram os de Eichstätt, Passau e Regensburg, confirmando que eles não participarão do comitê sinodal alemão, não foi objeto de discussão, conforme relatou o presidente da conferência, o cardeal de Munique, Reinhard Marx, em resposta a uma pergunta. O cardeal Marx comentou que não tinha conhecimento do texto exato da referida declaração e que suas informações provinham unicamente da mídia.
“Eu não preciso conhecer as cartas de todos. Tenho muito que fazer”, declarou o purpurado.
O Cardeal assegurou, no entanto, que os bispos alemães abordarão este assunto em seu próximo Conselho Permanente. Na declaração dos quatro bispos, que não participam do Comitê Sinodal, estes reiteraram sua crítica fundamental às discussões em curso na Alemanha, acrescentando “que eles próprios precisam de uma conversão pessoal constante”. Os signatários deste documento foram os bispos Gregor Maria Hanke, Stefan Oster, Rudolf Voderholzer e o cardeal de Colônia, Rainer Maria Woelki.
Espaço para mais discussões
Segundo Reinhard Marx, após o Sínodo Mundial, ainda restam muitas questões em aberto e há espaço para a continuidade do debate. Durante a assembleia de outono, todos os bispos elogiaram unanimemente o objetivo de uma Igreja sinodal, enfatizado no documento final. Esse objetivo visa assegurar que o maior número possível de cristãos batizados – e especialmente mulheres, jovens e pessoas à margem da Igreja e da sociedade – se sintam incentivados a participar ativamente do futuro da Igreja.
Marx enfatizou que, especialmente após o Sínodo Mundial, é necessário explorar caminhos em nível regional.
“Não recebemos os tema de cima, mas temos que abordar os temas que estão na mesa.” Por isso, foram enviados a Roma os temas debatidos no projeto de reforma alemão, como “mulheres nos ministérios” e “sexualidade”, uma vez que não podem ser resolvidos em âmbito nacional.
“Mas eles ainda estão presentes no mundo. A decisão sobre o que é considerado importante deve ser tomada localmente.” Marx acrescentou: “Afirmar que, no Sínodo Mundial, não se discutiu esse assunto e, portanto, nós também não devemos abordá-lo, parece estranho para mim”.
Com informações KNA / Infocatólica
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