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Papa no Ângelus: o Reino de Deus pertence aos humildes

No Ângelus, o Papa Leão XIV meditou sobre a parábola do fariseu e do publicano, convidando os fiéis a cultivarem a humildade e a sinceridade de coração em sua relação com Deus.

Foto: Vatican News/ Vatican Media

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Redação (26/10/2025 10:40, Gaudium Press) Neste domingo, 26 de outubro, após a Missa Jubilar dedicada às equipes sinodais e aos órgãos de participação, e antes da oração mariana do Ângelus, o Papa Leão XIV se dirigiu aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Dos aposentos pontifícios, o Santo Padre compartilhou uma meditação sobre a parábola do fariseu e do publicano.

O Papa Leão XIV recordou as duas figuras contrastantes da leitura do Evangelho do dia: o fariseu, confiante na sua própria justiça, e o cobrador de impostos, consciente do seu pecado.

A oração do fariseu, centrada na ostentação de méritos e no orgulho espiritual. Essa atitude presunçosa “denota certamente uma observância rigorosa da Lei, mas pobre em amor e desprovida de misericórdia, feita de “dar” e “ter”, de débitos e créditos”, observou o Papa.

Em contrapartida, a oração do publicano revela um coração aberto à graça: “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”. Leão XIV destacou a coragem do publicano, que ousa se apresentar diante de Deus apesar de seu passado e de sua reputação. “Ele não se fecha no seu mundo, nem se conforma com o mal que fez; deixa os lugares onde se sente seguro e é temido, protegido pelo poder que exerce sobre os outros; vai ao Templo sozinho, sem escolta, mesmo que isso signifique enfrentar olhares severos e julgamentos mordazes, e coloca-se diante do Senhor, no fundo, com a cabeça baixa”.

Reconhecer os erros e pedir perdão

O Santo Padre explicou também que “não é ostentando os nossos méritos que nos salvamos, nem escondendo os nossos erros, mas apresentando-nos tal como somos, honestamente, diante de Deus, de nós mesmos e dos outros, pedindo perdão e confiando na graça do Senhor”.

Citando Santo Agostinho, ele comparou o fariseu a um doente que esconde suas feridas do médico por orgulho, e o publicano àquele que, humildemente, expõe ao médico suas feridas, pedindo ajuda para ser curado: “Não nos surpreende que esse publicano, que não teve vergonha de mostrar sua parte doente, tenha saído curado”.

Leão XIV encorajou ainda os fiéis, à semelhança do publicano, a não terem medo de reconhecer as suas fraquezas: “Não tenhamos medo de reconhecer os nossos erros, de os expor, assumindo a responsabilidade por eles e confiando-os à misericórdia de Deus”. Esse caminho de humildade, afirmou ele, permite tanto a nossa cura interior quanto o crescimento do Reino de Deus, “que não pertence aos orgulhosos, mas aos humildes, e que se cultiva, na oração e na vida, através da honestidade, do perdão e da gratidão”.

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