Dom Stepan Sus, bispo auxiliar católico de Kiev, Ucrânia, detalha o sofrimento de seus compatriotas.
Foto: diocese de Oviedo
Redação (06/06/2023 14:56, Gaudium Press) Ratificando o que já se sabe, a Igreja Ortodoxa da Rússia está inteiramente ligada ao poder civil. Durante uma reunião em Oviedo, na Espanha, com a presença do bispo local, Dom Sanz Montes, Dom Stepan Sus, bispo auxiliar católico de Kiev, afirmou que “muitos padres ortodoxos colaboraram com agências secretas russas e indicaram ao Exército os lugares onde eles deviam soltar as bombas”.
O prelado, que foi soldado antes de se tornar padre, declarou, compreensivelmente, que os ucranianos querem “que esta guerra acabe”, que sentem o cansaço do mundo inteiro com ela, mas que não pode haver um fim arbitrário. “Ainda que o mundo se canse da nossa guerra, não temos o direito de nos cansar. Precisamos do apoio de toda a Europa unida. Se a Ucrânia parar de lutar, não sabemos para onde a Rússia irá; amanhã pode ser a vez da Polônia ou de outro país da Europa.”
Dom Sus, de apenas 41 anos, pertence à Igreja Greco-Católica e atua como chefe do Departamento de Pastoral e Migração da Cúria, atendendo sacerdotes ucranianos que estão fora de seu país. Ele está na Espanha e também visitará os muitos ucranianos da diáspora que se encontram nas Astúrias. Atualmente, há mais de 170 mil refugiados da Ucrânia na Espanha.
Dom Sus não cessa de lembrar ao mundo os horrores do sofrimento de seus compatriotas: “Tentamos viver e ser felizes. Mas, ao anoitecer, descobrimos que 60 bombas russas começam a voar e, em seguida, 30 drones iranianos. E ficamos acordados até às cinco da manhã assistindo apavorados a tudo isso, e depois temos de nos levantar às seis e meia para trabalhar.”
Com informações La Nueva España
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