“São atos deliberados de profanação, desprezíveis e particularmente repugnantes”, declarou Mons. Bernard-Emmanuel Kasanda Mulenga, bispo de Mbujimayi.
Redação (03/08/2021 15:15, Gaudium Press) As tensões entre a Igreja do Congo e o governo estão levando a ataques à Igreja.
Acontece que a Comissão Nacional Eleitoral Independente, tendo em vista as eleições presidenciais de 2023, quer eleger um presidente, que – em um fato sui generis – deve ser designado pelas principais denominações religiosas congolesas.
A Conferência dos Bispos daquele país e a “Église du Christ au Congo” (Igreja de Cristo no Congo) se opõem à candidatura de Denis Kadima, que é o proposto por outras seis confissões religiosas, e que é demasiadamente próximo ao presidente Felix Tshisekedi.
O Pe. Donatien Nshole, porta-voz das confissões religiosas, denunciou que “alguns membros da plataforma das confissões religiosas estavam sofrendo pressões, intimidações e ameaças de todos os tipos para impedir-nos de realizar livremente nosso trabalho”.
Consequência desse posicionamento da Igreja?
Atos de vandalismo foram perpetrados contra a sede do arcebispado de Kinshasa, a casa do arcebispo e uma dezena de igrejas foram profanadas na diocese de Mbujimayi, incluindo a catedral.
“São atos deliberados, desprezíveis e particularmente repugnantes de profanação”, declarou Mons. Bernard-Emmanuel Kasanda Mulenga, bispo de Mbujimayi, na República Democrática do Congo.
Nos últimos quatro meses, locais de culto em Kasai, a região de onde procede o presidente congolês Felix Tshisekedi, são objetos de uma “profanação progressiva e sistemática”.
“Roubaram tabernáculos, vasos sagrados, pedras e toalhas de altar, cibórios, móveis e estátuas do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Maria”, denuncia o bispo Kasanda.
Além disso, no domingo, 1 de agosto, manifestantes atiraram pedras contra o arcebispado de Kinshasa.
Com informações Aica.
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