“A verdadeira alegria nasce da espera vivida, da Fé paciente, da esperança de que o que é vivido no amor, certamente ressurgirá para a vida eterna”, ressaltou o Pontífice.
Cidade do Vaticano (17/09/2025 13:41, Gaudium Press) Na manhã desta quarta-feira, 17, diante de milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro para participar da Audiência Geral, o Papa Leão XIV deu continuidade ao seu ciclo de catequeses intitulado ‘Jesus Cristo Nossa Esperança’, por ocasião do Ano Santo.
Tratando sobre o mistério do Sábado Santo, o Pontífice afirmou que este dia da semana também é de descanso, pois, segundo a lei judaica, nenhum trabalho deve ser feito no sétimo dia. “O Filho também descansa não porque esteja cansado, mas porque concluiu a sua obra de salvação; não porque tenha desistido, mas porque amou plenamente”, explicou.
Saber parar é um gesto de confiança que devemos aprender a fazer
O Sábado Santo “é o dia do grande silêncio, no qual cumpre-se o mistério mais profundo da Fé Cristã. A ‘ausência’ de Jesus não é carente de sentido, mas representa a promessa que é guardada na escuridão do sepulcro”, garantiu o Santo Padre. “Lutamos para parar e descansar. Vivemos como se a vida nunca fosse suficiente. Apressamo-nos a produzir, a demonstrar, a não perder terreno. Mas o Evangelho ensina-nos que saber parar é um gesto de confiança que devemos aprender a fazer”, destacou.
Nosso Senhor Jesus Cristo no sepulcro, a Palavra viva do Pai, se silencia. Mas é neste silêncio que a vida nova começa a fermentar. “Deus não teme o passar do tempo, porque é também o Senhor da espera. Assim, mesmo o nosso tempo ‘inútil’ pode tornar-se um ventre de ressurreição”. Cada silêncio acolhido pode ser a premissa de uma nova Palavra. Cada tempo suspenso pode tornar-se um tempo de graça se o oferecermos a Deus.
A verdadeira alegria nasce da espera vivida
Leão XIV ressaltou que refletindo sobre aquele sábado, aprendemos que não nos devemos apressar a levantar: primeiro, devemos permanecer, abraçar o silêncio, deixar-nos abraçar pelo limite. Muitas vezes, procuramos respostas rápidas, soluções imediatas. Mas Deus trabalha nas profundezas, no tempo lento da confiança. O sábado do sepultamento torna-se assim o ventre do qual pode fluir a força de uma luz invencível, a da Páscoa.
“Queridos amigos, a Esperança Cristã não nasce no ruído, mas no silêncio de uma espera repleta de amor. Não é produto da euforia, mas de um abandono confiante. Quando parecer que tudo está parado, lembremo-nos do Sábado Santo. Mesmo no túmulo, Deus está preparando a maior surpresa. A verdadeira alegria nasce da espera vivida, da Fé paciente, da esperança de que o que é vivido no amor, certamente ressurgirá para a vida eterna”, concluiu. (EPC)
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