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E à meia-noite nasceu Jesus!

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Chegamos ao Natal, neste conturbado ano 2021! E por cima de crises e inseguranças, pandemias ou esperanças uma certeza temos: Nasceu Jesus!  

Redação (23/12/2021 17:43, Gaudium Press) Era uma gruta fria onde José pôde albergar sua esposa, Maria, a qual estava na expectativa de poder ter em seu colo Aquele que Ela gestava, e, ademais, fitar o olhar d’Aquele Homem-Deus que, por nove meses, levara escondido no seu seio.

Deus podia se encarnar de qualquer modo que Sua Insondável Sabedoria elegesse ser o melhor! E pensou, pensou… pensou durante uma eternidade! Até que decidiu que seria no seio de uma Virgem, com a qual passaria nove meses em silencioso convívio. Um mistério que apenas quatro pessoas sabiam na terra: Maria, José, Isabel e João Batista.

Uma “estranha circunstância”, as arbitrárias determinações de um governador da Judeia, obedecendo ordens de um Imperador pagão, obriga o Santo Casal a deixar a abençoada casa de Nazaré para empreender a penosa viagem de vários dias até Belém, a “cidade do pão”, a “cidade de David”.

Deus tinha seu Plano quanto ao lugar do nascimento, e os homens, sem o saber, (o imperador Cesar Augusto com seu censo, o governador com sua aplicação) realizaram-no.

O lugarejo (na época, quiçá com 500 ou 1000 habitantes) encontrava-se ingurgitado de visitantes, todos acorrendo para cumprir a obrigação civil do censo. Os virginais esposos “não encontraram lugar na hospedagem” condizente com o pudor que exigia sua vida santa.

Refugiaram-se numa gruta onde, no silêncio da noite, na ignorância dos descendentes de Abraão, dos dominadores romanos, dos filósofos gregos ou dos sábios egípcios, teria lugar o maior acontecimento da História: Maria fita por vez primeira o olhar de Jesus!

Quando isto aconteceu?

Celebramos o dia 25 de dezembro como esta data gloriosa.

No entanto, nem sempre foi assim. Nos primórdios da Igreja, (quando poucos eram os documentos escritos, raras as informações tabelionescas, ausentes os jornais, os telefones, a internet…) comemorava-se o nascimento do Filho de Deus em dias diversos. E esta data não era considerada a divisória das duas épocas da História. Pouco a pouco a clareza estabeleceu-se, e esse dia abençoado tornou-se universalmente a do Nascimento de Jesus.

Em qual ano teria acontecido?

Devemos a determinação a um monge nascido em 470, no que hoje é Romênia, de nome Dionísio, o qual por volta do ano 500 estabeleceu-se em Roma. Pela sua humildade (ou talvez pela sua baixa estatura) foi alcunhado de “o pequeno”. Mas suas ciência e dedicação levaram-no a se tornar conselheiro dos papas.

Além de estudioso das Sagradas Escrituras e das Leis da Igreja, era amante das matemáticas. E lhe foi pedido determinar com precisão o modo de calcular a data da festa da Páscoa. Ele assim o fez com precisão e amor.

Porém, quis também esclarecer o ano do nascimento de Jesus, sobre o qual pairavam incertezas. O dia era já, naquele século VI, incontestado: coincidia então com o solstício de inverno no hemisfério norte, quando a luz do sol ilumina a terra por poucas horas, enquanto a noite é a mais longa do ano; símbolo das trevas cobrindo o mundo antes da aparição do Sol de Justiça.

Dionísio, com os documentos em seu poder, estabeleceu o que desde então passou a ser o “Ano Um depois de Cristo”, ou seja, do nascimento do Salvador (1 d.C.); denominando, assim, todas as épocas anteriores como anos “a.C.”, antes de Cristo.

Hoje os cientistas discutem a precisão dos cálculos de Dionísio, e talvez no “ano um depois de Cristo”, o Menino-Deus encontrava-se com quatro ou cinco anos de idade, fugitivo no Egito. Independente da precisão, Dionísio entendeu que a História só pode ser computada a partir do Maior Evento de todos os séculos: Deus se encarnou!

Passaram-se mais de dois mil anos, e o grande acontecimento – na ignorância de muitos, na discrição de duas almas virginais, na escuridão de uma gruta, no frio do inverno – resplandece em todo o Orbe para os que querem, como Maria, fitar o olhar do Divino Menino.

Que Ele nos ilumine nas dificuldades, nas dúvidas, nas inseguranças ao longo de 2022, e nos leve a contemplá-Lo, junto ao Santo Casal, por toda a eternidade.

Por J.M. Jiménez Aleixandre

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