Os jovens católicos franceses que participarão da Jornada Mundial da Juventude em agosto são piedosos e assistem à missa com mais frequência, revela uma nova pesquisa.
Redação (30/05/2023 17:48, Gaudium Press) Segundo uma pesquisa, publicada pelo semanário católico La Croix, os jovens franceses que participarão da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa mostram-se mais confiantes na Igreja, conservadores e muito ativos. Com efeito, 75% dos entrevistados disseram que iam à missa pelo menos uma vez por semana e 24% várias vezes por semana.
Estudos anteriores assinalavam que apenas 7% de todos os jovens católicos batizados na França assistiam à missa semanalmente, bem diferente dos atuais peregrinos da Jornada Mundial da Juventude.
Questionados sobre o porquê de assistir à missa, 47% disseram que buscavam “um momento de encontro íntimo com Jesus e renovação espiritual”, e 24% se sentiam atraídos pela “celebração de um sagrado mistério”.
O sociólogo Yann Raison du Cleuziou explicou que os números mostram que “a missa ocupa um lugar central na experiência espiritual deles e, portanto, em sua identidade”. O sociólogo indicou que eles eram atraídos mais pelo desejo de um encontro pessoal com Deus do que por participar de uma celebração coletiva, como nas gerações anteriores.
A pesquisa também revelou que os jovens peregrinos estavam mais abertos à missa tradicional em latim celebrada de acordo com o Missal de 1962. De fato, a França é considerada um dos principais centros mundiais do tradicionalismo católico. Quase 20% disseram que assistem a essas missas ocasionalmente, enquanto 11% gostam tanto quanto a missa em língua vernácula e 8% preferem-na. Apenas 12% consideram “um retrocesso desnecessário”.
Os resultados da pesquisa foram publicados na véspera da peregrinação anual de Paris a Chartres, que atrai católicos tradicionais de todo o mundo. Os organizadores informaram que, este ano, bateu-se um recorde com 16.000 pessoas inscritas, metade das quais tinha menos de 20 anos.
Mais da metade dos entrevistados – 40% homens e 60% mulheres – disseram ser “gratificante ser identificado como católico entre os jovens de sua geração”, enquanto 51% consideram a possibilidade de se tornar um sacerdote ou religioso.
A pesquisa também analisou as inclinações políticas dos jovens católicos. Os pesquisadores classificaram 52% como tendo afinidade com a direita, 14% com a extrema direita, 8% com o centro, 7% com a esquerda e 5% com a ecopolítica.
“Não é o catolicismo que está indo para a direita”, frisou o sociólogo Raison du Cleuziou, “mas o catolicismo à direita que está se afirmando mais do que o catolicismo à esquerda”.
A pesquisa foi realizada de 7 a 11 de maio, em contato com peregrinos que se inscreveram para a Jornada Mundial da Juventude por meio da Conferência Episcopal Francesa, da Comunidade Emmanuel, da Comunidade Chemin Neuf e da Comunidade de São Martinho.
Com informações Crux Now
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