As informações são fornecidas pela organização humanitária internacional Save the Children.
Redação (26/08/2023 11:49, Gaudium Press) Mais de 500 crianças morreram em 18 meses de guerra, desde seu início em 24 de fevereiro de 2022, informou a organização humanitária internacional Save the Children, denunciando que a perda de vidas de crianças aumentou 7% neste verão.
A organização, dedicada a ajudar as crianças e proteger seus direitos, opera na Ucrânia desde 2014, entregando ajuda humanitária às crianças e suas famílias afetadas pelas hostilidades. Ela ajuda também as famílias refugiadas na Europa e facilita o acesso das crianças à educação e a outros serviços essenciais.
Num comunicado recente, Save the Children lamentou o fato de as vítimas infantis naquele país terem aumentado mais de 7% entre maio e agosto, em comparação com os quatro meses anteriores, ao mesmo tempo que os ataques aéreos e de drones triplicaram. Desde maio de 2023, segundo informações das Nações Unidas, um total de 148 crianças foram mortas ou feridas na Ucrânia, elevando o número de vítimas infantis para mais de 1.770.
Esse número inclui 545 mortes, incluindo 24 crianças mortas neste verão.
De acordo com informações verificadas pelas Nações Unidas, houve um aumento de vítimas civis na Ucrânia entre 1º de maio e 13 de agosto, enquanto junho registrou o maior número de vítimas civis em 2023, com um total de 865.
Do início de janeiro até o final de abril, foram 459 ataques aéreos e com drones, elevando o total para 1.432 entre o dia 1º de maio e 4 de agosto, dos quais cerca de 95% foram áreas povoadas.
Apelo à proteção dos civis
O diretor da Save the Children Ucrânia, Amjad Yamin, denunciou que, em “dezoito meses de guerra em grande escala” no país, “as circunstâncias perigosas enfrentadas pelas crianças e suas famílias não parecem melhorar”.
“Testemunhamos inúmeros ataques em áreas povoadas que acabaram com a vida de crianças e suas famílias, com centenas de feridos ou em grave perigo, danificando ou destruindo casas, deixando milhares de famílias na incerteza.”
“Desde fevereiro passado, mais de 1.700 crianças foram mortas ou feridas devido aos mísseis e drones lançados em áreas residenciais.”
Isso, enfatizou Yamin, serve como um “triste lembrete” de que “armas explosivas não devem ser usadas em nenhum lugar perto de áreas povoadas, como cidades e vilas”.
Save the Children apela a ambas as partes para que cumpram as obrigações do direito internacional humanitário e dos direitos humanos, garantindo que civis e instalações civis, especialmente as utilizadas por crianças, como casas, escolas e hospitais, sejam protegidos de ataques.
Com informações Vatican News
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