Sob pressão do governo dos EUA, nesta quinta-feira, 5 de setembro, o governo nicaraguense do presidente Daniel Ortega libertou 135 presos políticos por motivos humanitários. Os prisioneiros libertados foram transferidos para a Guatemala.
Redação (06/09/2024 15:21, Gaudium Press) O governo dos EUA conseguiu a libertação de 135 presos políticos na Nicarágua. Esta libertação deveu-se à pressão humanitária e à mediação entre Washington e o governo do presidente Daniel Ortega. De acordo com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, entre os libertados estão 13 membros da organização Mountain Gateway, com sede no Texas, bem como católicos leigos e estudantes.
“Hoje [quinta-feira], a Administração Biden e Harris conseguiu a libertação de 135 presos políticos detidos injustamente na Nicarágua, por razões humanitárias. Ninguém deve ser preso por exercer pacificamente os seus direitos fundamentais de liberdade de expressão, associação e prática da sua religião”, afirma o comunicado de imprensa assinado por Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional.
Após sua libertação, os ex-prisioneiros foram transferidos para a Guatemala com a concordância do governo guatemalteco em acolher o grupo, conforme declarado pela Casa Branca. Os libertos terão a oportunidade de buscar formas legais de reconstruir suas vidas nos Estados Unidos ou em outros países. Ao chegar à Cidade da Guatemala, as 135 pessoas foram recebidas pelas autoridades locais, bem como por representantes de organizações que trabalham para apoiar os migrantes.
Esta libertação ocorre poucos dias antes da discussão de um relatório sobre a Nicarágua, na abertura da 57ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, na próxima segunda-feira, 9 de setembro. O relatório denuncia que a repressão no país tem se agravado no último ano com detenções arbitrárias e tortura.
Com efeito, nos últimos anos, o governo de Ortega tem detido e expulsado com frequência pessoas que considera hostis ao seu governo. Em janeiro, a Nicarágua exilou 19 membros do clero católico, enviando-os para o Vaticano. Entre eles estava o Bispo Dom Rolando Alvarez, que havia sido condenado por traição e sentenciado a uma pena de 26 anos de prisão.
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