O Papa Leão XIV presidiu a missa de ordenação episcopal de Mons. Mirosław Stanisław Wachowski, o novo representante papal no Iraque. Em sua homilia, o Papa o exorta a promover a “coexistência pacífica” e a colaborar “construtivamente” com outras religiões, em uma terra “marcada pelo sofrimento e pelo desejo de renascimento”.
Foto: Vatican Media
Redação (26/10/2025 10:40, Gaudium Press) Na tarde deste domingo, 26 de outubro, o Papa Leão XIV presidiu a missa de ordenação episcopal do agora Arcebispo Mirosław Stanisław Wachowski, recém-nomeado núncio apostólico no Iraque.
Dom Wachowski é natural da diocese de Ełk, cidade de Pisz, Polônia, nascido em 8 de maio de 1970. Foi ordenado presbítero em 15 de junho de 1996 e nomeado arcebispo pelo Papa Leão em 18 de setembro passado. Escolheu como lema episcopal Gloria Deo Pax Hominibus (Glória a Deus e paz aos homens), sobre o qual Leão XIV comentou: “É o programa de uma vida. Procurar sempre que a glória de Deus resplandeça na paz entre os homens. Este é o sentido profundo de toda vocação cristã, e em modo particular da vocação episcopal: tornar visível, com a própria vida, a louvor a Deus e o seu desejo de reconciliar o mundo consigo mesmo” (cf. 2Cor 5,19).
Já ao serviço da diplomacia da Santa Sé com experiência internacional, Dom Mirosław Stanisław Wachowski irá instalar-se em Bagdá, no coração das tradições cristãs e da diversidade da Igreja. A sua missão será defender a paz no diálogo com as outras religiões.
Foto: Vatican Media
O Papa exortou-o a salvaguardar a esperança e a “incentivar a coexistência pacífica”, lembrando-lhe de que a diplomacia do Vaticano “nasce do Evangelho e se alimenta da oração”. O Iraque, disse ele, é uma terra a qual, “segundo a tradição, o Apóstolo São Tomé, após a destruição do Templo de Jerusalém, levou o Evangelho; e foram seus discípulos Addai e Mari que fundaram as primeiras comunidades. Naquela região, rezam na língua que Jesus falava: o aramaico. Essa raiz apostólica é sinal de uma continuidade que a violência não conseguiu extinguir”.
“Hoje o senhor é chamado a continuar esse caminho: a cuidar dos brotos da esperança, a incentivar a convivência pacífica, a mostrar que a diplomacia da Santa Sé nasce do Evangelho e se alimenta da oração”.
E concluiu, dando um conselho ao novo Bispo: “Mons. Mirosław, seja sempre um homem de comunhão e de silêncio, de escuta e de diálogo. Leve em suas palavras a mansidão que edifica e em seu olhar a paz que consola. No Iraque, o povo o reconhecerá não por aquilo que dirá, mas por como amará”.
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