A Igreja sempre teve o máximo cuidado ao escolher e ordenar os ritos litúrgicos, de tal modo que eles expressem com clareza as realidades santas que significam.
Redação (06/02/2025 17:58, Gaudium Press) No início do Ofertório da Missa, o acólito entrega ao sacerdote ou diácono o cálice e a patena cobertos por um pequeno véu da cor correspondente ao dia litúrgico, cuidando para que os vasos sagrados permaneçam ocultos à assembleia. Em seguida, o cálice é depositado sobre o altar e o tecido retirado.
A Igreja sempre teve o máximo cuidado ao escolher e ordenar os ritos litúrgicos, de tal modo que eles expressem com clareza as realidades santas que significam. E assim acontece com o gesto de cobrir com um tecido fino o cálice e a patena na Santa Missa. Embora atualmente não seja obrigatório, esse costume cheio de reverência e veneração é louvado pela Igreja (cf. Instrução geral do Missal Romano, n.118) pois, além de se tratar de uma tradição antiquíssima, ele encerra um extraordinário simbolismo.
A Eucaristia é o tesouro preciosíssimo da Santa Igreja, no qual estão contidas as mais sublimes realidades sobrenaturais, embora veladas aos nossos sentidos. Com efeito, sob as aparências do pão e do vinho – cujos acidentes permanecem, mas cuja substância se retira com as palavras da Consagração – está o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. E o tecido que cobre o cálice simboliza este mistério altíssimo e inefável, que é propriamente o mistério da Fé.
Por sua vez, o gesto de retirar o véu significa que esse mistério, longe de nos atemorizar e diminuir a intimidade com Deus, é o meio por Ele escolhido para Se revelar a nós pela fé, nos aproximar e nos fazer conhecer seus segredos.
Texto extraído da Revista Arautos do Evangelho n. 278, fevereiro 2025.
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