Francisco presidiu uma Santa Missa na Basílica de São Pedro por ocasião da Festa da Apresentação do Senhor e do Dia Mundial da Vida Consagrada.
Cidade do Vaticano (02/02/2024 14:13, Gaudium Press) Por ocasião da Festa da Apresentação do Senhor e do Dia Mundial da Vida Consagrada, celebrados nesta sexta-feira, 02 de fevereiro, o Papa Francisco presidiu uma Santa Missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A data que recorda da vida religiosa foi instituída pelo Papa São João Paulo II no ano de 1997.
Procissão de religiosos com velas acesas
A cerimônia contou com a presença de inúmeros religiosos e religiosas de diversas congregações e institutos religiosos, segurando velas que posteriormente seriam abençoadas. Esses homens e mulheres consagrados participaram de uma procissão inicial conduzida pelo Cardeal João Braz de Aviz, prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
Essa procissão dos religiosos e religiosas caminhando em direção ao altar na Basílica de São Pedro, iluminada apenas por suas velas, é rica em simbolismos. A luz é um símbolo de Cristo, luz dos gentios e salvação para o mundo. O Dia Mundial da Vida Consagrada é uma ocasião de oração e ação de graças por esse chamado especial de Deus, de propagar a luz de Cristo através dos inúmeros carismas dos institutos religiosos.
Simeão e Ana dois idosos que mantiveram seus corações jovens
Em sua homilia, o Papa Francisco destacou que Simeão e Ana são dois idosos que mantiveram seus corações jovens, apesar das dificuldades e decepções “eles não aposentaram a esperança”. E continuou dizendo que a expectativa de Deus é importante também para nós, para o nosso caminho de Fé.
“Todos os dias, nos visita o Senhor: nos fala, se revela de maneira inesperada e há de vir no fim da vida e dos tempos. Por isso, Ele mesmo nos exorta a permanecer despertos, a vigiar, a perseverar na expectativa. Ai de nós se cairmos no “sono do espírito e arquivarmos a esperança”, ressaltou.
Negligência da vida interior e adaptação ao estilo do mundo
O Pontífice alertou que a capacidade de esperar é frequentemente prejudicada por dois obstáculos: a negligência da vida interior e a adaptação ao estilo do mundo que acaba tomando o lugar do Evangelho.
O primeiro ocorre “quando o cansaço prevalece sobre o encanto, quando o hábito ocupa o lugar do entusiasmo, quando perdemos a perseverança no caminho espiritual, quando as experiências negativas, os conflitos ou a demora no aparecimento dos frutos nos transformam em pessoas amargas e amarguradas”.
Já o segundo atende a demanda que caracteriza o mundo: “tudo e agora, o ativismo que nos domina, o consumismo e o entretenimento buscados a todo custo e o silêncio banido de nossos dias”. Sobre isso, Francisco adverte os religiosos para que estejam atentos “para que o espírito do mundo não entre em nossas comunidades religiosas, não entre na vida da Igreja e na caminhada de cada um de nós, caso contrário não produziremos frutos”. (EPC)
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