O sacerdote Pierre de Maillard, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, foi sentenciado a vinte anos de reclusão por violência e abuso sexual cometido contra 27 menores
Redação (07/06/2023 15:20, Gaudium Press) O sacerdote Pierre de Maillard, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, foi sentenciado a vinte anos de reclusão por violência e abuso sexual cometido contra 27 menores.
O julgamento que ocorria a portas fechadas desde o último dia 22 de maio, terminou com a sentença condenatória de 20 anos de reclusão para o presbítero francês. Antes de conhecer a sentença, o sacerdote teria repetido várias vezes: “Eu me desculpo, perdão”. A sentença de 2 de junho passado foi uma das mais severas acontecidas na França contra um membro do clero.
Com 55 anos de idade, Pierre de Maillard recebeu a pena máxima do tribunal da Vendée, França, e, após cumprimento da pena, deverá seguir um acompanhamento sociojudiciário. Além disso, o sacerdote fica proibido de praticar qualquer atividade com menores e de habitar as regiões francesas da Vendée e da Charente-Marítima.
Ao todo, 27 vítimas acusaram o sacerdote de violência sexual: dezesseis meninos e onze meninas com idade entre 12 e 15 anos. Alguns crimes foram cometidos contra crianças da mesma família. Os fatos ocorreram entre 2006 e 2020.
Pierre de Maillard estava no priorado de Nossa Senhora do Rosário em Saint-Germain-de-Prinçay, na Vendée, quando o caso veio à tona em outubro de 2020. Semanas antes, algumas vítimas foram as primeiras a se manifestar junto ao padre Laurent Ramé, responsável pelo priorado de Nossa Senhora do Rosário. Padre Ramé explicou estar satisfeito com a sentença porque a justiça foi feita, mas desejaria que tais fatos nunca tivessem ocorrido, como relata o periódico La Croix.
Fundada em 1970 por Monsenhor Marcel Lefebvre, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X não é reconhecida pela Santa Sé, com a qual mantém relações tensas desde a excomunhão latae sententiae de seu fundador por ter ordenado quatro bispos sem a autorização de Roma, em 1988. Com os Pontificados do Papa Bento XVI, que levantou a excomunhão de monsenhor Lefebvre, e do Papa Francisco algumas tentativas de aproximação foram feitas entre a Santa Sé e a Fraternidade. (FM)
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