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SANTOS – CULTO, ORIGEM, HISTÓRIA, FUNDAMENTO

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ÍNDICE:

1- O CULTO AOS SANTOS COMEÇOU NA IGREJA PRIMITIVA NOS PRIMEIROS SÉCULOS
2-BASE BÍBLICA
3- O TERMO SANTO NO NOVO TESTAMENTO
3- A INTERCESSÃO DOS SANTOS NA BÍBLIA
4- PODEMOS NOS AJOELHAR E LOUVAR OS SANTOS?

1- O CULTO AOS SANTOS COMEÇOU NA IGREJA PRIMITIVA NOS PRIMEIROS SÉCULOS.

Sabemos que Estêvão foi o primeiro de uma série de mártires cristãos.
As perseguições aos cristãos levadas a cabo por líderes romanos foram essenciais para estabelecer no Cristianismo a tradição do culto aos mártires.

Os cristãos perseguidos, torturados e mortos pelos romanos por terem professado a fé de Cristo eram respeitados como figuras sagradas.
 No século II, essa prática era extremamente popular, e era comum que se comemorasse o dia de morte de um mártir.
 Durante os primeiros anos do cristianismo se popularizaram as noções de santidade e as relíquia dos mártires.

 Em outras palavras, os mártires eram tidos como santos, que de acordo com o pai da igreja São Jerônimo “não calam quando mortos”, mas “apenas dormem”, e das partes de seus corpos se faziam relíquias, às quais eram creditados poderes milagrosos da graça de Deus(At 18,11-12) (2 Re 13, 20-21).

Os relatos das vidas e mortes de santos parecem ter começado nessa época, conhecidos por hagiografias.
 Uma carta com data do ano 156, enviada pelos fiéis da comunidade cristã de Esmirna à comunidade da Frígia (Filomélia), dá notícia de reuniões religiosas e cultuais dos cristãos de Esmirna, realizada no túmulo (“relíquias mais preciosas que o ouro e pedras preciosas” – diz a carta) de seu Bispo e Mártir, São Policarpo, por ocasião dos aniversários de seu martírio. 
 (Padres Gregos, 5, 1029-1045)
 É já a prática da Igreja ao festejar o aniversário do triunfo dos Mártires e dos Santos.
 Também Orígenes, que viveu no século II e começo do III, atesta a fé da Igreja Católica na intercessão dos Santos, nesses termos:
“O Pontífice não é o único a se unir aos orantes; os Anjos e as almas dos justos também se unem a eles na oração.” (Em “De Oratione”)

E em outro livro dá Orígenes o fundamento dessa mediação:

 
 “Eles conhecem os que são dignos da amizade de Deus, e auxiliam os que querem honrá-lO.” (Em “Contra Celsum”)
O mesmo ensinamento encontramos em São Cipriano, Bispo de Cartago, martirizado no ano 256.
 Em carta ao Papa São Cornélio, afirma: “Se um de nós partir primeiro deste mundo, não cessem as nossas orações pelos irmãos.” (Carta 57)

As Atas dos Mártires
A mesma verdade é atestada pelas Atas autênticas do suplício dos mártires.
Assim, Santa Teodósia (307 D.C.), em Tiro, pedia aos mártires, na hora em que iam para o suplício, que se lembrassem dela quando tivessem recebido a recompensa.
E Santa Pantomina, em Alexandria, na hora de seu próprio martírio, prometeu ao soldado que a conduzia, que ia pedir por ele quando estivesse junto de Deus. (Em “Eusébio”,1.6, c. 2; apud Lúcio Navarro (Monsenhor), “A legítima interpretação da Bíblia, p. 542)

Também em Tarragona, o Bispo Mártir São Frutuoso (259 D.C.), na hora do suplício, vendo que muitos fiéis faziam fila e lhe pediam a mesma graça de que não se esquecesse deles quando estivesse junto de Deus, falou para todos em voz alta:

“Sim, eu devo ter em mente toda a Igreja espalhada pelo mundo, do Oriente ao Ocidente.” (Acta Fructuosi, 1,7)

Notemos que, transcorrido o tempo das perseguições sangrentas que banharam a terra com o sangue generoso dos heróis da fé, era normal que continuasse a ser lembrada com carinho e espírito de fé, a memória de sua fé e santidade.

E especialmente no dia de seu nascimento para a glória, como era chamado o seu “dies natalis” (o dia natalício para a glória), se lhe prestasse culto especial.

Documentos Arqueológicos

A fé dos cristãos dos três primeiros séculos nessa verdade está também registrada em muitas inscrições
gravadas nos túmulos de santos cristãos e mártires da fé.

Eis alguns exemplos:

– No Cemitério de São Pânfilo: “Mártires santos, bons e benditos, ajudai a Ciríaco”;

-No Cemitério de Aquiléia: “Santos Mártires, lembrai-vos de Maria”;

– Na Via Salária lemos também esta inscrição: “Genciano, fiel em paz… Que em tuas orações, rogues por nós porque sabemos que estás em Cristo”;

No Cemitério de Gordiano esta outra: “Sebácio, doce alma, pede e roga por teus irmãos e companheiros”;

E no de São Calixto: “Vicência, pede em Cristo por Febe e seu esposo”.

 No Cemitério de Priscila: “Anatólio… teu espírito descanse em Deus. Pede por tua mãe”. 

São alguns registros apenas. Ver outros em Lúcio Navarro -Ibidem, pg. 541-542- Recife, PE.

Foi certamente com base em documentos com esses acima transcritos, , e em muitos outros, que o sábio Leibnitz – protestantes, mas que estudou com lealdade esse assunto – deixo-nos o seguinte e importante depoimento:

 “ É certo que já no segundo século da Igreja Cristã, eram celebradas as festas dos mártires, e que em seus túmulos se reuniam assembléias religiosas.” (Em “Syst. Theol.”, p. 70)

Note-se que a expressão “assembléias religiosas” indica as “reuniões cultuais” dos primeiros cristãos para celebrar os Mistérios Eucarísticos, ou Santa Missa, e que na época das perseguições religiosas, era também celebrada sobre os túmulos dos mártires nas catacumbas.

Eis a razão da “pedra d´ara” dos nossos altares, que contém relíquia dos mártires, e sobre a qual se celebra a Santa Missa, que era usada antes do Concílio Vaticano II.

Conclusão:

A devoção ou culto dos Santos, como é praticado na Igreja Católica e teve sua origem na Igreja Primitiva ou Apostólica, que era dirigida, ou pelos Apóstolos diretamente, ou pelos santos Bispos que os Apóstolos mesmos estabeleceram para substituí-los, e não tardiamente, no século IV, como falsamente pretendem os protestantes.

Eis os motivos de garantia da legitimidade da devoção aos Santos. Eis como a única Igreja de Cristo (Mt 16,18), a que unicamente tem a promessa de sua assistência divina (Mt 28,20), explicitou os textos sagrados que contêm a verdade bíblica da intercessão dos Anjos e Santos. (Cf “Folhetos Católicos”, nº 3) Ela orientou assim os fiéis a festejar o dia de seus natalícios para o Céu, a pedir-lhes auxílio junto de Deus, e a se esforçarem por imitar-lhes as virtudes cristãs.

2- BASE BÍBLICA:
As bases bíblicas do culto aos Santos estão desde o Antigo Testamento.

Até o século II a.C. os judeus acreditavam na existência do Hades ou Cheol e no adormecimento da consciência dos defuntos num lugar subterrâneo, incapazes de serem punidos ou contemplados.

Mas a partir do século II a.C. esta concepção foi abandonada pelo povo de Israel, passando a crer que a consciência dos irmãos falecidos continuava lúcida e que eles vivem como membros do seu povo, e solidários com os fiéis peregrinos na terra, e intercedendo por eles.

Muitos não católicos usam passagens do Antigo testamento para afirmar que os mortos não podem orar por nós:

  “Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem a sepultura” – Salmos 115:17.

 “Porque não pode louvar-te a sepultura, nem a morte glorificar-te; nem esperarão em tua verdade os que descem à cova” – Isaías 38:18. 

Esquecem que a própria teologia bíblica é um processo evolucional,e que o Novo Testamento, com Cristo, rompe o que era velho, o Antigo testamento.

Cristo aperfeiçoou os ensinamentos do Antigo Testamento, e abriu para nós o reino dos céus, o Paraíso ( Lc 23, 43).

A noção de morte no Antigo Testamento é outra que a proposta pelos cristãos.

Apesar disso, há alguns trechos que assinalam a noção de vida consciente após a morte e de intercessão deles :


“E o Senhor disse-me: ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, a minha alma não se inclinaria para este povo; tira-os da minha face e retirem-se” (Jer 15, 1 ss). 

“Dá de boa vontade a todos os vivos, e não recuses este benefício a um morto” ( Eclo 7,37 )


Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. (
Sabedoria 3,1)
 

Em II Mac 15,12-15 lemos: “Parecia-lhe (a Judas Macabeu) que Onias, sumo sacerdote (já falecido!)… orava de mãos estendidas por todo o povo judaico… Onias apontando para ele, disse: “Este é amigo de seus irmãos e do povo de Israel; é Jeremias (falecido!), profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa”. 
 “Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis porque ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas”
 ( II Mac 12, 43-46)
A evolução no conceito da vida após à morte é percebida claramente no texto de Macabeus (II Mac 15, 7-17).

Vemos nele que Jeremias, o profeta falecido no século VI a.C., aparece a judas Macabeu no século II a.C., juntamente com o Sumo Sacerdote Onias (também já falecido), como “o amigo de seus irmãos, aquele que muito ora pelo povo, pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus” .

Diz a “Bíblia de Jerusalém” em nota de rodapé a 2Mc 15, 14: “Esse papel conferido a Jeremias e a Onias é a primeira atestação da crença numa oração dos justos falecidos em favor dos vivos”.

O problema é que os protestantes não têm esse livro em suas bíblias, pois consideraram que eles não pertenciam à Bíblia judáica primitiva.

 
O Antigo Testamento foi adotado, pela Igreja Católica, a partir de uma tradução para o grego de escrituras hebraicas antigas chamada de Septuaginta. Entre os judeus, a Septuaginta era tida como uma tradução não muito segura.
O cânon judeu estabelecido pelo Concílio de Jamnia  (século I d.C e início do II d.C.) não correspondia aos livros da Septuaginta, que tinha livros a mais, entre eles os 2 livros dos Macabeus. 
Os papas Dâmaso I e Inocêncio I determinaram que esses livros extras seriam definitivamente associados ao Antigo Testamento no século V.
Mas é importante notar que profecias como a de Malaquias (Malaquias 4:5-6), com a qual termina o Antigo Testamento cristão, por exemplo, não constituem o Antigo testamento hebraico, que terminaria em 2Crônicas 36:23.
Os manuscritos mais antigos do Novo Testamento que chegaram até nós foram o Códice Sinaítico e o Códice Vaticano, que datam dos séculos IV e V d.C.
Apesar de os protestantes terem livros faltando em suas Bíblias, por isso um dos motivos de eles não acreditarem na intercessão dos santos, o Novo Testamento deixa claro que  a intercessão dos santos é possível e que eles participam mesmo depois de mortos da história da Igreja.
Na epístola aos Hebreus, o autor recorda os justos do Antigo Testamento, e mostra a sua solidariedade com os ainda vivos na terra.

Ele imagina esses justos colocados num estádio como que a torcer pelos irmãos ainda existentes neste mundo; constituem uma densa nuvem de torcedores interessados. São testemunhas que nos acompanham nesta luta de hoje:

“Portanto também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor,rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto” (Hb 12,1).

Os mortos não estão dormindo. Os protestantes em sua maioria ensinam que os mortos estão “dormindo” e que somente na volta de Jesus haverá a ressurreição de todos; portanto, para eles, não há ninguém no Céu ainda, mesmo que seja apenas com a alma, como ensina a Igreja Católica.

Ora, desde os primórdios da Igreja ela acredita na imortalidade da alma, e que cada pessoa é julgada por Deus, imediatamente após a morte (Hb 9,27), recebendo já o seu destino eterno. E isto é muito claro nas Sagradas Escrituras.

A Carta aos Hebreus diz claramente, “como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo”. (Hb 9,27)

Em Mateus 10,28 Jesus diz: “não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma (‘psyché”); temei, antes, aquele que pode fazer perecer na geena o corpo e a alma”.
A palavra grega “psychè” significa alma; então, o texto afirma a sobrevivência da alma após a destruição do corpo da pessoa.

Em Lucas 16,19-51, na parábola do rico e do pobre Lázaro, Jesus apresenta a sobrevivência consciente tanto dos justos como dos injustos.

O rico após a morte vai para um lugar de tormento; e o pobre para um lugar de gozo. Isto enquanto a vida continua na terra, quer dizer, antes da volta de Jesus. O rico tinha cinco irmãos que poderiam também se perder também; e mostra que os defuntos sobrevivem após a morte e recebem já o prêmio ou o castigo.

Não se pode dizer que esta parábola é apenas mera ornamentação; ao contrário, traz um ensinamento religioso e doutrinário fundamental.
A ressurreição da carne no último dia, na consumação da História com a volta de Jesus, darão algo mais à felicidade dos justos cujas almas já estão no gozo da presença de Deus.

Essas almas se unirão a seus corpos ressuscitados e viverão na plenitude de suas pessoas. A ressurreição da carne completará a ordem e a harmonia que a alma santa já desfruta após a morte.

Vemos em Ap 6, 9-11 que as almas do justos martirizados aspiram, na presença de Deus, à plena restauração da ordem e da justiça violadas pelo pecado; e assim, esperam algo que ainda não aconteceu, e que vai acontecer só na Parusia.

Embora elas já estejam revestidas de vestes brancas, que é símbolo da vitória final e da bem-aventurança, continuam a acompanhar a nossa história, aguardando com expectativa o julgamento do Senhor (Apo 6,11).

“Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários.

 E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra? Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos.” (Ap 6,9-11)

 A morte para os cristãos é o encontro com Cristo, como nos diz São Paulo ( II Cor 5,1).
 Os mortos são seres conscientes para os cristãos ( I Pe 3, 18-19 ; 4, 6 )
Com a morte somos julgados imediatamente (Hb 9,27) ( RM 14,10) (II Cor 5, 10) e vamos para o céu ou para o inferno (Lc23,42), (Mt 25,34), (Mt 25,41).
Os que ainda não estão totalmente puros ( Sl 14 ; Hb 12, 22-23 ; Mt 5,8)  para entrarem no céu, e ainda devem expiar algum pecado (I Cor 3, 10-15), (pois cada pecado tem sua consequência e Deus perdoa nosso pecado, mas devemos pagar de alguma forma pelo erro que cometemos), ficam em Purificação, o Purgatório ( Mt 12, 32), (I Cor 3, 10-15), ( II Mac 12, 43-46), ( I Cor 15,29 ) .
Assim, no cristianismo, a morte é uma passagem para o céu e todos os que estão no céu podem orar pelos que estão na terra, já queNa ressurreição, os homensnão terão mulheres nem as mulheres, maridos; mas serão como os anjos de Deus no céu.” (Mt 22,30).
 Apesar de ainda estarem esperando a ressurreição, os homens e mulheres justos, já estão na presença de Deus (Apoc 7,13-15) , esperando pelo desfecho final da história humana (Apoc 6,9-11) , assim , sendo como os anjos, intercedem por nós continuamente (Apoc 8,3-4) ,(Mt 18,10).
3- O TERMO SANTO NO NOVO TESTAMENTO
 
 “E sereis para mim santos; porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus.”
Levítico 20:26
No começo da Igreja, o termo santo era usado para todos os fiéis em Cristo:
“E aconteceu que, passando Pedro por toda a parte, veio também aos santos que habitavam em Lida”- Atos 9:32

“Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade” – Romanos 12:13

“Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos” – Romanos 15:25

“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus” – Efésios 1:1

“Aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” – Colossenses 1:2

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” – Judas 1:13.

Porém, com o tempo, principalmente com as perseguições aos Cristãos em Roma, nos primeiros séculos, que colocou muitos em provação, o termo santo passou a ser um título de honra, aos que perseveravam na fé e davam seu testemunho, aceitando a morte sem negar o Cristo.
Assim, os cristãos entenderam que ser santo, não é apenas ser batizado e sim perseverar na fé, dando testemunho, como nos diz a própria escritura:
 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
(Mt 7,21) 
 Direis então: Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças. Ele
, porém, vos dirá: Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores.
(Lc 13, 26-27)
 
O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém mais se há de exigir.” ( Lc 12, 45-48). 
O dia ( do julgamento ) demonstra-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo” 
( I Cor 3, 13-15)
Assim, a morte é o ponto decisivo , nesse momento comparecemos diante de Deus (Hb 9,27) ( Rm 14,10) (II Cor 5, 10) e recebemos o que fizemos em vida ( II Cor 5,10), se fizemos o bem vamos para o céu (Lc23,42), (Mt 25,34), se o mal para o inferno (Mt 25,41).
Quando morremos, se formos bons, vamos imediatamente para o céu (Lc 23,43) , ( II Cor 5,1), por isso muitos santos desejavam a morte como um encontro com Cristo ( II Cor 5,8).
Logo, após a morte é que podemos afirmar de fato se uma pessoa foi santa de verdade ou não, pois é depois que alguém morre que descobrimos toda a verdade sobre a vida dela.
Assim, com o tempo, o termo santo se tornou um título dado aos que vivem sua fé com heroísmo, evitando o pecado, praticando o Evangelho, sendo um exemplo para os demais cristãos: 

 “12 para que não vos torneis negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.”
(Hb 6,12)

“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (ICor 13,1)

Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
(Tiago 5:10)
 
Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós;
(Filipenses 3:17)
 
por isso alcancei misericórdia, para que em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, a fim de que eu servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna.
(1 Timóteo 1:16)

 ” Vós vos tornareis filhas de Sara, se praticardes o bem, sem vos deixardes intimidar por ninguém.”
(I Pe 3,6)

 Responderam-lhe: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão.
(João 8:39)

 
No apocalipse, lemos que as obras dos santos, seus exemplos,  após a morte deles, servem de exemplo para os outros e continua o trabalho deles na Igreja:
 
13 Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham. 
(Apo 14,13) 

Ainda vemos a veneração aos santos em passagens como:

 
 

6 Mas ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e ele é muito considerado; tudo quanto diz, sucede infalivelmente. Vamos, pois, até lá; porventura nos mostrará o caminho que devemos seguir. 
(1 Sm 9,6)
 13 Entrando vós na cidade, logo o achareis, antes que ele suba ao alto para comer; pois o povo não comerá até que ele venha, porque ele é o que abençoa a sacrifício, e depois os convidados comem. Subi agora, porque a esta hora o achareis. 
(1 Sm 9,13)
 
14 Perguntou-lhe ele: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e lhe fez reverência. 
(1 Sm 28,14)
 
24 Então a mulher disse a Elias: Agora sei que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade. 
(1 Re 17,24)
 7 Quando, pois, Obadias já estava em caminho, eis que Elias se encontrou com ele; e Obadias, reconhecendo-o, prostrou-se com o rosto em terra e disse: És tu, meu senhor Elias? 
(1 Re 18,7)
 
10 Mas Elias respondeu ao chefe de cinqüenta, dizendo-lhe: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então desceu fogo do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta. 
(2 Re 1,10)
 
 9 Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja sobre mim dobrada porção de teu espírito. 
(2 Re 2,9) 
 14 Então, pegando da capa de Elias, que dele caíra, feriu as águas e disse: Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Quando feriu as águas, estas se dividiram de uma à outra banda, e Eliseu passou. 
(2 Re 2,14)
 
 
9 E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.  
13 Pois Eliseu havia dito a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao chefe do exército? Ao que ela respondera: Eu habito no meio do meu povo.
14 Então dissera ele: Que se há de fazer, pois por ela? E Geazi dissera: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.
16 E Eliseu disse: Por este tempo, no ano próximo, abraçarás um filho. Respondeu ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
17 Mas a mulher concebeu, e deu à luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte como Eliseu lhe dissera.
( 2 Re 4,9; 13-14;16-17)
 
 
 7 Depois veio Eliseu a Damasco. E estando Bene-Hadade, rei da Síria, doente, lho anunciaram, dizendo: O homem de Deus chegou aqui.
8 Então o rei disse a Hazael: Toma um presente na tua mão, vai encontrar-te com o homem de Deus e por meio dele consulta ao Senhor, dizendo: Sararei eu desta doença? 
(2 Re 8, 7-8)
 20 Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra à entrada do ano.
21 E sucedeu que, estando alguns a enterrarem um homem, viram uma dessas tropas, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu. Logo que ele tocou os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.
 (2 Re 13, 20-21)
11 E Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários,
12 de sorte que lenços e aventais eram levados do seu corpo aos enfermos, e as doenças os deixavam e saíam deles os espíritos malignos. 
(At 18,11-12)
 
Passagens que mostram que os mortos vivem em Deus  intrcedendo por nós e que suas obras e méritos alcançados em vida são usadas em nosso favor:

Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus.
(Êxodo 3:6)

 E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração.
(Êxodo 3:15)

 Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo juraste, e lhes disseste: Multiplicarei os vossos descendentes como as estrelas do céu, e lhes darei toda esta terra de que tenho falado, e eles a possuirão por herança para sempre.
(Êxodo 32:13)

 Lembra-te dos teus servos, Abraão, Isaque e Jacó; não atentes para a dureza deste povo, nem para a sua iniqüidade, nem para o seu pecado;
(Deuteronômio 9:27)

 O Senhor, porém, teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e se tornou para eles, por amor do seu pacto com Abraão, Isaque e Jacó; e não os quis destruir nem lançá-los da sua presença
(2 Reis 13:23)

 Porque se lembrou da sua santa palavra, e de Abraão, seu servo.
(Salmos 105:42)

  Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade.

19 Tornará a apiedar-se de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades. Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar. 
20 Mostrarás a Jacó a fidelidade, e a Abraão a benignidade, conforme juraste a nossos pais desde os dias antigos. 
(Miquéias 7,18-20 )

Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos.
(Mateus 22:32)

 
Quanto aos mortos, porém, serem ressuscitados, não lestes no livro de Moisés, onde se fala da sarça, como Deus lhe disse: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?
(Marcos 12:26)

 Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.
(Lucas 16:22)

 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
(Lucas 16:24)

4- A INTERCESSÃO DOS SANTOS NA BÍBLIA

A oração aos santos e a Maria é possível (Apoc 8,3-4), pois para os cristãos desde os primeiros séculos da Igreja, aqueles que morrem no Senhor vivem para o Senhor e estão diante dele na glória do céu,

“Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos porque todos vivem para Ele” (Lc 20, 37-38) (Fl 1, 21, 23) (Lc 9, 28 ss), (LC 23, 42-43) e estão aguardando o desfecho final da história da humanidade (Apoc 6,9-11) .

Diante de Deus, os seus santos são como os anjos no céu (Mt 22, 30), intercedendo pelos homens sem cessar (Apoc 7,13-15) (II Mac 15,12-15), por meio do único mediador da salvação, Jesus,“Porque só há um MEDIADOR” entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” – (I Timóteo 2:5).

Esse trecho de Timóteo, mal interpretado pelos não católicos, é usado como argumento para dizer que os santos não podem interceder por nós, o que é um erro, pois o que Timóteo quer dizer é que Jesus é o mediador da salvação dos homens, porém por meio dele podemos oferecer nossas orações também (I Timóteo 2:1).

Os santos podem interceder por nós, e são nossos mediadores, pois quem ora pelo outro está sendo mediador entre o outro e Deus (Dt 5, 5), (Jer 15, 1 ss), um exemplo claro disso, vemos nos Atos dos Apóstolos, como Deus fazia milagres pela mediação de São Paulo:

“11 E Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários,
12 de sorte que lenços e aventais eram levados do seu corpo aos enfermos, e as doenças os deixavam e saíam deles os espíritos malignos. “
(At 18,11-12)

E o próprio Timóteo diz que “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões e ações de graça em favor de todos os homens”  (I Timóteo 2:1), se podemos orar em vida, também podemos orar na presença do senhor após a morte (Fl 1, 21, 23), (II Mac 15,12-15), (Lc 16, 19 e ss), (Lc 20, 37-38), (Apoc 6,9-11), (Apoc 8,3-4).

Até na parábola do rico avarento, Jesus nos mostrou a possibilidade dessa intercessão (Lc 16, 19 e ss), em que o homem rico, já falecido intercede por seus parentes em vida.

A mediação de Maria e dos santos é possível (II Mac 15,12-15) , assim como é possível que oremos por nossos irmãos na terra (Tgo 5, 16), (I Tm 2, 1-5) .

No antigo Testamento, já vemos sinais dessa possibilidade, só completa com a redençao de Cristo e sua entrada no céu:


“E o Senhor disse-me: ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, a minha alma não se inclinaria para este povo; tira-os da minha face e retirem-se” (Jer 15, 1 ss).


(Dt 5, 5): “Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós”.

“Tomai sete touros… e ide a meu servo Job… o meu servo Job… orará por vós e admitirei propício a sua face” (Job 42, 8)

 

Onias (…) estava com as mãos estendidas, INTERCEDENDO por toda a comunidade dos judeus.
 
Apareceu a seguir um homem notável (…) Esse é aquele que MUITO ORA pelo povo e por toda cidade santa, é Jeremias, o Profeta de Deus.”
(2Mac 15,12-14) 

5- PODEMOS NOS AJOELHAR E LOUVAR OS SANTOS?

 Ajoelhar-se nem sempre é sinal de adoração, mas veneração, tudo depende da intenção com que fazemos o gesto:
Levantando Abraão os olhos, olhou e eis três homens de pé em frente dele.Quando os viu, correu da porta da tenda ao seu encontro, e prostrou-se em terra,
(Gênesis 18:2)
 tarde chegaram os dois anjos a Sodoma. Ló estava sentado à porta de Sodoma e, vendo-os, levantou-se para os receber; prostrou-se com o rosto em terra,
(Gênesis 19:1)
Então o Senhor abriu os olhos a Balaão, e ele viu o anjo do Senhor parado no caminho, e a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça, e prostrou-se com o rosto em terra.
(Números 22:31)
Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, desceu do jumento e prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi, inclinando-se à terra,
(1 Samuel 25:23)
Então Joabe se prostrou com o rosto em terra e, fazendo uma reverência, abençoou o rei; e disse Joabe: Hoje conhece o teu servo que achei graça aos teus olhos, ó rei meu senhor, porque o rei fez segundo a palavra do teu servo.
(2 Samuel 14:22)
 Foi, pois, Joabe à presença do rei, e lho disse. Então o rei chamou Absalão, e ele entrou à presença do rei, e se prostrou com o rosto em terra diante do rei; e o rei beijou Absalão.
(2 Samuel 14:33)
Bate-Seba inclinou a cabeça, e se prostrou perante o rei. Então o rei lhe perguntou: Que queres? (1 Reis 1:16)
 ao terceiro dia veio um homem do arraial de Saul, com as vestes rasgadas e a cabeça coberta de terra; e, chegando ele a Davi, prostrou-se em terra e lhe fez reverência.
(2 Samuel 1:2)
 Quando, pois, Obadias já estava em caminho, eis que Elias se encontrou com ele; e Obadias, reconhecendo-o, prostrou-se com o rosto em terra e disse: És tu, meu senhor Elias?
(1 Reis 18:7)
 Quando Davi se vinha chegando a Ornã, este olhou e o viu e, saindo da terra, prostrou-se diante dele com o rosto em terra.
(1 Crônicas 21:21)
Em outras passagens bíblicas vemos que, dependendo da intenção, ajoelhar-se é sinal de adoração:
Logo que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, prostrar-vos-eis, e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonozor tem levantado.
(Daniel 3:5)
E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro duma fornalha de fogo ardente.
(Daniel 3:6)
O QUE CONTA É A INTENÇÃO MAIS QUE O GESTO


  Assim, Abrão e Ló se ajoelharam diante de anjos em veneração, já São João , no Apocalipse, foi criticado por se ajoelhar em intenção de adoração:
 
10 Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal: sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus;adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia. (Apo 19,10)
 8 Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava, para o adorar.
9 Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.
 (Apo 22, 8-9)
Assim, vemos que não há problemas em se ajoelhar para pedir oração a um santo, anjo ou Maria, pois é sinal de respeito, veneração, reverência, do mesmo modo que Abrão, Ló, Davi, Abigail.
O louvor que prestamos aos santos, é a recordação de suas virtudes, pois “Bom renome vale mais que grandes riquezas e a boa reputação vale mais que a prata e o ouro” (Pr 22,1) e os santos não necessitem de nossos louvores, pois “cada um receberá de Deus o louvor que tiver merecido” (I Cor 4,5) e Deus “que os chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou” (Rm 8,30)
O louvor que prestamos aos santos é reconhecer suas virtudes, seu testemunho, pois “a obra dos santos os segue” (Apo 14,13).
Como diz o livro do Eclesiástico:
 “Façamos o elogio dos homens ilustres,
que são nossos antepassados, em sua linhagem (Eclo 44,1).”

São Pedro falando sobre o comportamento da mulher cristã , em sua carta, também lembrou o exemplo das santas mulheres, mostrando veneração e respeito por elas, assim as louvou por suas atitudes, mostrando-as como modelo de fé:

“Era assim que se adornavam outrora , as santas mulheres que colocavam sua esperança em Deus (…) Deste modo, Sara obedeceu a Abrão chamando-o seu senhor. Vós vos tornareis filhas de Sara, se praticardes o bem, sem vos deixardes intimidar por ninguém.”
(I Pe 3,5-6)

Jesus, em sua parábola do rico e Lázaro (Lc 16, 19-30), nos mostra Abraão, como um exemplo de santo, onde em seu seio repousam os justos, ou seja um lugar de descanso, como um paraíso intermediário.

O homem rico, falecido, venerando Abraão, ao chamá-lo de Pai, nos mostra o culto que em nossa Igreja chamamos de Dulia, veneração aos justos, e ainda pede sua intercessão pelos vivos.

Esse é um culto de veneração, repeito, honra da memória, o que na Igreja se chama de Culto de Dulia.

Jesus também mostra esse culto ao louvar João Batista, afirmando que não há outro maior que João Batista (Mt 11,11), como também, vemos o louvor aos santos, no sermão da montanha, ao elencar as bem-aventuranças (Mt 5, 1-12).

Louvar os santos é proclamar a bem-aventurança deles,  como Isabel para Maria:

“Bendita és tu, entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre!” (Lc 1,43)

 
O Culto de Latria é o que chamamos de adoração só prestado a Trindade Santa de um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

É reconhecer que tudo vem de Deus, que ele é o Criador, Salvador, Verdadeiro Amor e Vida de nossa alma e que sem Ele nada somos.

 
“Bem-aventurados os que habitam em tua casa;
 louvar-te-ão continuamente. ”
(Salmos 84:4)

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