No final da oração mariana da Regina Caeli, neste domingo, 5 de maio, o Papa Francisco rezou pelo povo gaúcho, atingido por enchentes devastadoras.
Redação (05/05/2024 10:56, Gaudium Press) O Rio Grande do Sul enfrenta grandes inundações, que causaram a morte de cerca de 75 pessoas e obrigaram aproximadamente 100 mil pessoas a abandonarem suas casas. Em seus apelos após a oração de Regina Caeli, o Papa teve um pensamento especial para o povo gaúcho: “Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os falecidos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas”.
O rio Guaíba, que corta a cidade de Porto Alegre, onde vivem 1,4 milhão de pessoas, atingiu um recorde de 5,09 metros, bem acima do pico histórico de 4,76 metros registrado durante as enchentes de 1941. A água continua subindo na metrópole totalmente inundada e em uma centena de outras localidades. Parcialmente, as enchentes isolaram Porto Alegre do resto do país.
As consequências são dramáticas: meio milhão de pessoas foram diretamente afetadas pelo desastre, pelo menos 103 pessoas estão desaparecidas, mais de um milhão de casas estão sem água e a magnitude da devastação é até agora incalculável, de acordo com as autoridades locais. Há uma grande preocupação com a falta de alimentos e a interrupção das produções agrícolas nesta região.
As chuvas, que diminuíram durante a noite de sábado para domingo, devem persistir pelas próximas 24 a 36 horas e as autoridades alertam para deslizamentos de terra. Segundo o climatologista Francisco Eliseu Aquino, as chuvas são favorecidas por “uma combinação desastrosa” formada pelo fenômeno meteorológico El Niño, mudanças climáticas e outros eventos extremos.
A Solidariedade da Igreja
Diante dessas enchentes, cujas consequências ainda são incalculáveis, a Igreja tem chamado à oração e à solidariedade. Uma nota de solidariedade foi emitida pela Arquidiocese de Porto Alegre, unindo-se em comunhão com o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em um esforço comum de reconstrução e esperança. Além das instituições governamentais, militares e civis têm se dedicado à defesa da vida, e as próprias comunidades eclesiais abriram “suas portas para acolher aqueles que perderam tudo”. Mas o pedido do arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, vai além: “Neste Ano da Oração em preparação ao Jubileu da Igreja 2025, exortamos as comunidades eclesiais a se unirem em oração, conforme as possibilidades, diante do Santíssimo Sacramento, que é o grande símbolo da comunhão e da partilha, renovando nosso compromisso de peregrinos de esperança.”
Com informações Vatican news
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