No segundo capítulo de sua obra As Moradas, Santa Teresa descreve suas impressões ao ver uma alma em pecado mortal.
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Redação (01/10/2024 19:52, Gaudium Press: “Sei de uma pessoa [a própria Santa Teresa] a quem se dignou Nosso Senhor mostrar como fica uma alma quando peca mortamente. Diz ela que, segundo lhe parece, se todos o entendessem, não haveria um só homem capaz de pecar ainda que tivesse de sujeitar-se aos maiores trabalhos para fugir das ocasiões. Desde então lhe deu imenso desejo de que todos o soubessem. […] Com efeito, assim como são límpidos todos os regatos que manam de uma fonte muito clara, as obras da alma em estado de graça são em extremo agradáveis aos olhos de Deus e aos dos homens, porquanto procedem desta fonte de vida onde está a alma, à semelhança de uma árvore plantada à beira do rio, a qual não teria frescor e frutos se não fosse a vizinhança das águas que a sustentam, e lhe dão viço, e a cobrem de pomos deliciosos. E, pelo contrário, a alma que, por sua própria culpa, se aparta dessa fonte e lança raízes em outra de águas extremamente negras e fétidas, tudo quanto produz é só desventura e imundícia.
Extraído de: TERESA DE JESUS. Castelo Interior ou Moradas, cap. 2. Dois Irmãos: Minha Biblioteca Católica, 2019, p. 23.
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