Os católicos praticantes tendem a ser mais felizes e saudáveis fisicamente No entanto, ainda há uma corrente na sociedade moderna que afirma que não se deve impor a sua fé a seus filhos.
Redação (29/01/2025 09:28, Gaudium Press) Pesquisas recentes indicam que a religião traz benefícios tanto para os pais quanto para os filhos. E os pais podem se sentir mais encorajados ao saber que as evidências apoiam a educação católica.
Com feito, a Bíblia nos exorta a criar nossos filhos na fé. O Catecismo da Igreja Católica (2225) é enfático sobre nossos deveres: “Pela graça do Sacramento do Matrimônio, os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os filhos”. Os resultados positivos associados à evangelização bem-sucedida de nossos próprios filhos são bem documentados.
O professor Christian Smith, em sua pesquisa intitulada Estudo Nacional da Juventude e Religião, entrevistou um grande grupo de jovens em várias ocasiões, ao longo de anos, resultando em uma série de livros e artigos acadêmicos sobre o assunto. Em seu livro de 2014, Young Catholic America, Smith analisou católicos na faixa etária de 18 a 23 anos, e concluiu que os católicos praticantes tendem a ser mais felizes e saudáveis fisicamente.
O livro da professora Kendra Creasy Dean, Almost Christian: What the Faith of Our Teenagers is Telling the American Church, (Quase Cristãos: O que a fé de nossos adolescentes está dizendo à Igreja Americana), publicado em 2010, recorre a dados de estudo para concluir que, embora os jovens religiosos não evitem comportamentos e relacionamentos problemáticos, aqueles que participam de comunidades religiosas demonstram maior probabilidade de ir bem na escola, manter relações familiares positivas, cultivar uma visão positiva da vida, usar o cinto de segurança. Esta lista se estende, abrangendo uma série de comportamentos que os pais desejam ver em seus filhos.
Pesquisadores mórmons chegaram a conclusões semelhantes. Ademais, outros pesquisadores observam que:
Existe um corpo substancial de literatura nas ciências sociais e comportamentais que investiga as ligações entre religião, espiritualidade e bem-estar na vida adulta. Os resultados, que variam conforme os tipos de medidas de religiosidade e espiritualidade utilizadas e dos resultados avaliados, indicam que, para adultos, há associações positivas – modestas mas significativas – entre religiosidade e aspectos de bem-estar, incluindo abuso de substâncias, saúde mental, saúde física e satisfação geral com a vida.
Stephen Cranney, professor da Universidade Católica da América e cientista de dados, simplifica: “A religião está quase sempre associada à felicidade”. Cranney observa que, na verdade, muito se conhece sobre “se as pessoas religiosas ou não religiosas são mais felizes” do ponto de vista de “estatísticas e evidências empíricas”.
Ao analisar centenas de “artigos sobre a relação entre saúde e religião e felicidade, a vasta maioria dos estudos mostra que as pessoas religiosas são mais felizes. Ao analisar dados de 25 países, o professor Ryan Burge identificou uma correlação entre ser religioso e o bem-estar relatado pelo próprio indivíduo, principalmente entre as pessoas religiosas dos Estados Unidos.
Escritores populares ou figuras proeminentes, como o atual vice-presidente J.D. Vance, referem-se também a esse tipo de pesquisa. Embora os estereótipos veiculados pela da mídia possam retratar pessoas de fé como infelizes, as evidências mostram o contrário.
É importante ressaltar que o motivo pelo qual ensino a fé aos meus filhos não se baseia em bons resultados. Eu os crio como católicos porque acredito que essa é a verdade. Não encontro nada na Bíblia ou em nossa tradição que recomende que as crianças decidam por si mesmas sobre a fé.
No livro do Deuteronômio, por exemplo, logo após o famoso versículo Ouve, ó Israel, os israelitas são instruídos: “Os mandamentos que hoje te dou serão gravados no teu coração. Tu os inculcarás a teus filhos e deles falarás, seja sentado em tua casa, seja andando pelo caminho, ao te deitares e ao te levantares”. (Dt 6, 4-7.)
O Salmo 77 enfatiza a importância de não ocultar a fé dos filhos: “nada ocultaremos a seus filhos, narrando à geração futura os louvores do Senhor, seu poder e suas obras grandiosas”. Deus ordenou que “aquilo que confiara a nossos pais, eles o transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração o conhecesse, e os filhos que lhes nascessem pudessem também contar aos seus. Aprenderiam, assim, a pôr em Deus sua esperança, a não esquecer as divinas obras, a observar as suas leis (Sl 77, 5-8).
Esse pensamento não se limita ao Antigo Testamento. São Paulo exorta os pais a criarem seus filhos “na educação e doutrina do Senhor (Ef 6, 4).
Apesar da maioria dos americanos se preocupar com o desenvolvimento espiritual de seus filhos, ainda há uma corrente na sociedade moderna que é hostil à “imposição” de sua fé, afirmando que os pais não devem impor sua religião aos filhos.
Essa concepção moderna de deixar que os filhos escolham sua religião não faz parte de nossa fé, na qual a Bíblia e o Catecismo nos atribuem a responsabilidade de educar nossos filhos na fé. Assim como você não se sentiria estar manipulando seus filhos se lhes servisse bagels em vez de brownies com glacê no café da manhã; da mesma forma, você não deveria se sentir mal ao transmitir-lhes a fé.
O mundo pode discordar, mas o mundo está errado.
Por J.C. Miller
Advogado e pai de seis filhos (em breve sete) de Michigan.
Publicado originalmente em inglês em catholicworldreport no dia 26 /01/2025.
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