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A Igreja de Cristo e a “igreja de Barrabás”

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Para vencer o ditador das trevas, Cristo quer também a nossa colaboração. E foi com essa finalidade que instituiu a Igreja, militante nesta terra de exílio.

Redação (05/03/2021 11:07, Gaudium Press) Nosso Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para dar testemunho da verdade e quem é da verdade escuta a sua voz (cf. Jo 18, 37), conforme o próprio Redentor testemunhou a Pôncio Pilatos. Contudo, “os seus não o receberam” (Jo 1, 11).

Ao longo do infame julgamento, a maior fraude jurídica da História, o magistrado romano, seguindo os conselhos dos sumos sacerdotes, encenou uma pseudo-redenção de Cristo, ao oferecer Barrabás como resgate por Ele. Assassino e ladrão, esse rebelde era, na realidade, uma espécie de anticristo até pelo nome, bar abba, que significa “filho do pai”.

Numerosa multidão achava-se reunida naquela hora em torno da tribuna. Entre os que bradavam pela soltura do perverso e cruel assassino estavam, tristemente, alguns curados da surdo-mudez por Jesus. Outros, recobrados da paralisia, imploravam para seu Benfeitor o pior dos suplícios: “Crucifica-O!” Não faltavam os indiferentes, personificando os covardes prognosticados pelo Divino Mestre: “Quem não está comigo, está contra Mim, e quem não ajunta comigo, espalha” (Mt 12, 30).

Durante aquele motim anticristão, fundou-se uma espécie de anti-Igreja, na qual o bem é repelido e o crime aprovado, o Inocente é condenado e o ímpio canonizado por ladainhas de aclamações: Barrabás! Barrabás!…

Nessa caricatura de Igreja, as regras jurídicas são rompidas em prol da “misericórdia” – “pobre” Barrabás… –, e a autoridade, desprovida de qualquer santidade, é ungida pelo “pecado maior” (Jo 19, 11).

Invoca-se o Sangue de Cristo não como reparação pelos pecados, mas como trágica maldição: “Caia sobre nós o seu Sangue e sobre nossos filhos!” (Mt 27, 25).

Jesus foi crucificado entre dois ladrões. Como Bom Pastor, ofereceu a salvação a ambos: um a aceitou; o outro, impenitente, a rejeitou. E para mostrar o que acontecerá quando os homens pretenderem expulsar Cristo da face da terra, recordem-se os eventos que sucederam à Morte do Salvador: o véu do Templo rasgou-se, rochas se partiram ao meio, terremotos espalharam-se pelo mundo e a escuridão o envolveu por completo.

Se acontecimentos telúricos como esses forem permitidos de novo pela Providência, possamos, diante deles, não somente testemunhar o “Filho de Deus” (Mt 27, 54), como fez o centurião do Evangelho, mas também desmascarar a falsa igreja que quer de novo crucificar a Cristo. Suas portas infernais jamais prevalecerão!

Texto extraído, com pequenas adaptações, da Revista Arautos do Evangelhon.231, março 2021.

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