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A virtude da paciência heroica de Nossa Senhora

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De fato, a paciência é uma virtude necessária diante do imediatismo que vivemos em nossa sociedade atual, pois, na maioria das vezes, agimos sem pensar ou sem nos preocupar com as consequências dos próprios atos, ou seja, não sabemos esperar, e quando a paciência nos falta, causa danos em nós e em nossos relacionamentos.

Vamos ao conceito de paciência para melhor compreensão de como podemos alcançá-la: “Do latim patient?a, a palavra paciência refere-se à capacidade que uma pessoa tem para suportar ou tolerar algo/alguém sem se aborrecer. A paciência também permite fazer alusão à faculdade de saber esperar algo, à capacidade de fazer coisas minuciosas ou à perseverança necessária para levar até ao fim uma tarefa. Paciente é qualquer pessoa que saiba esperar e que seja capaz de levar as coisas com serenidade”.

Recordaremos sempre que Maria fazia parte de um povo que vivia uma realidade humana de impossibilidades e barreiras, e esperavam a realização da promessa de Deus, que enviaria o Messias para os libertar. É nesse contexto social que ela vivia, não levava uma vida fácil, mas sim de austeridade e sobriedade diante dos acontecimentos.

Modelo de paciência

Em Maria encontramos esse modelo de paciência, pois em sua vida se verifica que, nas situações mais adversas, ela soube gerir todas as coisas com serenidade, coragem e esperança.

Já se ouviu dizer que a paciência é a mais heroica das virtudes, pois permite enfrentar tudo na vida que seja difícil e árduo. A paciência exige esforço pessoal e empenho para, antes de tudo, vencer a si mesmo.

As realidades que Maria viveu no seio familiar e com o seu povo era de uma condição social extremamente desafiadora, em meio à pobreza, à injustiça e desvalorização da pessoa humana. Ela aprendeu a enfrentar as adversidades do dia a dia com tranquilidade, e alimentava a sua esperança na fé em Deus, ou seja, tinha por base a paciência confiante n’Ele.

Alguns momentos da vida de Maria

Maria com José partem para Nazaré e Belém para se alistarem a pedido do Imperador César Augusto. Com o Filho prestes a nascer, eles batem de portas em porta em busca de uma hospedaria, mas encontram somente lugar numa gruta. Imaginemos o que foi para uma mãe ver o filho nascer nessas condições! Quanta paciência precisou ter, esperar alguém de boa vontade que os pudesse acolher. (cf. Lc 2,1-7)

Maria, na apresentação de Jesus no Templo, ouviu a profecia de Simeão: uma espada transpassaria a sua alma (cf. Lc 2,23-35).

Passados os anos de Jesus ter realizado a Sua missão, Ele foi condenado à morte, sofreu o martírio mais cruento da história. Sem nenhuma culpa, sofreu as dores da humanidade no Seu corpo: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.” (cf. Jo 19,25)

Embora sofrendo as dores do Filho, ela encontrou fortaleza em Deus, fruto da paciência arraigada pelas durezas que a vida lhe proporcionou: “Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma” (cf. São Tiago 1,4).

Colocar em prática

Como Maria somos chamados a entrar na escola da paciência, procurando suportar os acontecimentos da nossa vida com esperança e serenidade, sabendo em Deus esperamos, pois Ele é o Senhor sobre todas as coisas.

A paciência, de modo concreto, faz-nos saber esperar o momento adequado para partilhar o que pensamos, para intervir, para agir e também saber enfrentar os sofrimentos.

A virtude da paciência exige de nós a capacidade de saber esperar e de aguentar as contrariedades da vida. Ser paciente é também não agir no imediatismo, mas sim dar um passo após o outro, levantar-se e estar disposto a sempre recomeçar.

Ter paciência consigo mesmo e ser paciente com o outro é sinal de maturidade, é dar ao outro o direito do tempo que cada um precisa para responder às situações da vida.

Por Nilza e Gilberto Maia, via Canção Nova

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