O diácono Fredy Muñoz e o leigo Eider Bototo ficaram feridos quando um grupo de encapuzados disparou mais de 30 vezes contra o veículo em que viajavam.
Foto: Jay Rembert/ Unsplash
Redação (04/07/2023 15:46, Gaudium Press) A crescente violência na Colômbia afetou agora dois agentes pastorais que voltavam de uma vigília por ocasião das festividades de San Isidro: um diácono e um leigo.
O incidente ocorreu na madrugada deste último domingo, 2 de julho, quando o diácono da paróquia de San Lorenzo, Freddy Muñoz – que será ordenado sacerdote no próximo mês – e o leigo Eider Bototo, retornando de um serviço religioso nas festividades de San Isidro, tiveram seu veículo interceptado e alvejado com 36 tiros por vários homens encapuzados, deixando-os gravemente feridos. Eles foram levados às pressas para um centro de saúde.
De acordo com um comunicado da Conferência Episcopal Colombiana, “as feridas sofridas por estes dois membros da Igreja” são, na realidade, o “reflexo das feridas de toda a sociedade civil de Cauca”, vítima permanente “desta violência armada, longe de qualquer princípio de racionalidade e respeito pelo Direito Internacional Humanitário”.
“Todo ato violento em nossos territórios exige um compromisso maior de nossa parte. Não podemos continuar adiando o objetivo de uma Colômbia reconciliada e pacífica”, acrescentou arcebispo de Popayán e vice-presidente da Conferência Episcopal da Colômbia.
A delegação das Nações Unidas na Colômbia também se posicionou sobre o ataque armado contra os religiosos: “Repudiamos estes atos de violência e solidarizamo-nos com a Igreja Católica, promotora fundamental da construção da paz e da reconciliação nos territórios. Da mesma forma, nos unimos ao apelo das comunidades para deter a onda de violência que afeta pessoas em processo de reintegração, lideranças étnicas, incluindo autoridades indígenas, e representantes da sociedade civil no município de Caldono e em todo o departamento de Cauca”.
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