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Deus de benefícios ou benefícios de Deus?

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Hoje, há quem siga a Nosso Senhor por amor; mas há quem o faça por mero interesse, esperando que Ele conceda uma vida confortável e materialmente estável.

Redação (25/07/2021 10:39, Gaudium Press) Na liturgia de hoje nos são apresentados dois milagres, duas multiplicações de pães.

Na primeira leitura (2Rs 4,42-44) o Profeta Eliseu põe à prova a Fé de um homem que vem lhe dar pães feitos com os primeiros frutos da terra, dizendo-lhe: “‘Dá ao povo para que coma’; e no Evangelho (Jo 6,1-15), vemos a delicadeza e bondade de Nosso Senhor ao distribuir a uma grande multidão, aproximadamente cinco mil homens, o alimento necessário, multiplicando os cinco pães e dois peixes que um menino trazia consigo.

Naturalmente, somos levados a considerar o aspecto prático de tais acontecimentos: uma multidão faminta, carência de alimentos, Deus opera um milagre prodigioso e a todos sacia.

Entretanto, não é próprio de Deus realizar milagres somente pela satisfação corporal dos outros, como muitos gostam de pensar. Ele sempre tem um objetivo muito mais sobrenatural e elevado em tudo o que faz do que aquilo para o qual nosso pragmatismo quer atentar.

Avançando alguns capítulos na leitura do Evangelho de São João, lemos que “no dia seguinte, a multidão subiu aos barcos e veio para Cafarnaum, à procura de Jesus”. E o que fez o Divino Mestre? Multiplicou mais pães para saciar-lhes a fome?

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade, vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e vos saciastes. Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna.” (Cf. Jo 6, 22-27) Nosso Senhor queria, mais do que saciar a fome corporal da multidão, mostrar-lhe quem era: o Messias, o Filho de Deus que devia ser seguido e honrado.

Hoje, há quem siga a Nosso Senhor por amor; mas há quem o faça por mero interesse, esperando que Ele conceda uma vida confortável e materialmente estável. Parafraseando Santa Teresa de Ávila, existem homens que buscam os benefícios que Deus os pode proporcionar; estes amam os “benefícios de Deus”, mas não buscam amar e servir ao “Deus dos benefícios”.

São Paulo nos mostra que a solução para nos desapegarmos dessa visão pragmática e materialista é seguir o caminho que Deus traçou para cada um de nós, nunca nos desviando deste chamado: “Eu vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes” (Ef 4, 1). Qual é o chamado que Deus me faz? A santidade, o cumprimento dos Mandamentos e dos deveres de piedade de um verdadeiro católico.

Por João Paulo de Oliveira

 

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