São Charbel, monge maronita canonizado pelo Beato Papa Paulo VI, terá logo um santuário em Phoenix (Estados Unidos), como consequência da grande devoção que segue crescendo entre os fiéis, logo que sua intercessão ante Deus fez com que Dafne Gutiérrez, uma mãe hispânica, recuperasse a visão de maneira milagrosa em janeiro deste ano.
O anúncio da construção foi feito pelo sacerdote de origem libanesa, Pe. Wissam Akiki, que dirige a igreja católica maronita São José, em Phoenix.
Em declarações à imprensa local, o sacerdote disse que já foi colocada “a primeira pedra onde ficará a grande escultura”. Explicou que o santuário será construído em um terreno em frente à paróquia e que no dia 9 de outubro haverá uma cerimônia onde dedicarão o altar. Indicou também que escolheu essa data porque nesse mesmo dia em 1977, o Beato Paulo VI canonizou o monge libanês.
Entretanto, assinalou que para poder terminar a obra estão conseguindo doações. “A meta é arrecadar 85.000 dólares para a construção e arquitetura da capela, que estará aberta 24 horas para qualquer pessoa que quiser rezar ou acender uma vela”, indicou.
Além disso, informaram que devido à grande devoção, deixaram na paróquia uma das relíquias de São Charbel.
A cura de Dafne
Sobre o milagre atribuído à intercessão do monge do século XIX, o Pe. Akiki recordou que Dafne “veio e se confessou comigo, falei com ela para que fizesse a oração e tivesse fé, depois fiz o sinal da cruz na sua testa e nos seus olhos e em seguida São Charbel fez o milagre, para o bem dos seus três filhos”.
Devido a um tumor, a mulher havia perdido a visão em um olho durante dois anos e em novembro de 2015 perdeu completamente a visão. Entretanto, através da mídia, soube que em janeiro deste ano as relíquias de São Charbel chegavam ao país e ficariam expostas aos fiéis durante três dias.
“Recebi a Eucaristia e não senti o meu corpo igual. Não via, mas sentia o meu corpo diferente, pensei: O que está acontecendo comigo e o que estou sentindo?”, recordou à imprensa norte-americana. Dois dias depois, “levantei-me na madrugada e disse ao meu esposo: ‘Meus olhos estão doendo, estão tremendo’. Ele me disse que estava sentindo cheiro de carne queimada”. “Abri os olhos e ‘posso te ver não só com um, mas com os dois olhos’”, disse ao seu esposo.
Entretanto, seu caso teve que ser estudado e na quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016, a Igreja Católica Maronita, representada pelo Bispo da Eparquía de Nossa Senhora do Líbano em Los Angeles, Dom Elias Zaidan, e o Pe. Wissam Akiki, junto com os médicos que acompanharam o caso de Dafne, confirmaram que se trata de uma cura cientificamente inexplicável.
A Igreja atribuiu a cura à intercessão de São Charbel.
“Ontem completou um mês que eu toquei na relíquia e que Deus finalmente me escutou”, sustentou a mulher à Univisión.
Nesse dia, o clínico geral Jorge Sánchez disse: “É obviamente interessante”. “Vamos continuar analisando o caso de Dafne durante os próximos anos com a esperança de descobrir algo novo ou não descobrir nada novo” e chegar a conclusão de que este é um acontecimento que não tem explicação, acrescentou.
Por sua parte, a também clínica geral Anne Borik afirmou: “Fizemos tudo o que foi possível para explicar o caso de Dafne e então devemos nos perguntar: Isto pode ser explicado medicamente? E a resposta é que não temos uma justificação médica para explicar como ela pôde estar completamente cega um dia e em seguida, 48 horas depois, ter recuperado a visão”.
Devido ao ceticismo dos médicos, a mulher continua sendo submetida a análise duas vezes por semana, mas Dafne, junto aos inúmeros fiéis que visitam a paróquia de Phoenix, confiam no veredicto da Igreja de que ocorreu um milagre, graças à intercessão de São Charbel.
Fonte: ACIdigital