Durante a celebração da solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, o Papa Francisco destacou a libertação destes dois gigantes da fé.
Cidade do Vaticano (29/06/2021 14:13, Gaudium Press) Na manhã desta terça-feira, 29, solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Francisco presidiu uma Santa Missa na Basílica Vaticana. A cerimônia contou ainda com a bênção dos pálios que serão impostos em cada um dos 34 novos Arcebispos nomeados no decorrer do último ano.
Quatro Arcebispos brasileiros nomeados no último ano
Dentre os novos prelados que receberam a nomeação do Papa Francisco estão quatro brasileiros: Dom Gilberto Pastana de Oliveira, Arcebispo de São Luís do Maranhão; Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria; Dom Severino Clasen O.F.M., Arcebispo de Maringá e Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília.
Devido a pandemia de Covid-19, foram escolhidos 12 Arcebispos, quase todos europeus, para representar, durante a cerimônia litúrgica no Vaticano, os 34 nomeados no último ano.
A libertação de São Pedro
Durante sua homilia, o Papa Francisco convidou os presentes a observarem os apóstolos São Pedro e São Paulo de perto, pois “no centro da sua história, não está a própria destreza, mas o encontro com Cristo que lhes mudou a vida. Pedro e Paulo são livres unicamente porque foram libertados”.
Segundo o Pontífice, “Pedro, o pescador da Galileia, foi libertado em primeiro lugar da sensação de ser inadequado e da amargura de ter falido, e isso verificou-se graças ao amor incondicional de Jesus”, que o encorajou “a não desistir, a lançar novamente as redes ao mar, a caminhar sobre as águas, a olhar com coragem para a sua própria fraqueza, a segui-Lo pelo caminho da Cruz, a dar a vida pelos irmãos, a apascentar as suas ovelhas”.
Nosso Senhor Jesus Cristo lhe confiou “as chaves para abrir as portas que levam a encontrar o Senhor e o poder de ligar e desatar: ligar os irmãos a Cristo e desatar os nós e as correntes das suas vidas. A libertação de Pedro é uma nova história de abertura, de libertação, de correntes quebradas, de saída do cárcere que o prende. Pedro faz a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o”.
A libertação de São Paulo
Já o Apóstolo São Paulo “foi libertado da escravidão mais opressiva, a de si mesmo, e de Saulo, tornou-se Paulo, que significa ‘pequeno’. Foi libertado também daquele zelo religioso que o tornara fanático na defesa das tradições recebidas e era violento ao perseguir os cristãos: foi libertado“.
Entretanto, o Santo Padre destaca que Deus “não o poupou a tantas fraquezas e dificuldades que tornaram mais fecunda a sua missão evangelizadora: as canseiras do apostolado, a enfermidade física, as violências e perseguições, os naufrágios, a fome e sede. Paulo compreendeu assim que ‘o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte’, que tudo podemos n’Ele que nos dá força, que nada poderá jamais separar-nos do seu amor’. Por isso, no final da sua vida, Paulo pode dizer: ‘o Senhor esteve comigo’ e ‘me livrará de todo o mal’. Paulo fez a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o”.
Também nós somos chamados a ser libertos
Por fim, Francisco assegura que, “tocados pelo Senhor, também nós somos libertados. Como Pedro, somos chamados a ser libertos da sensação da derrota face à nossa pesca por vezes malsucedida; a ser libertos do medo que nos paralisa e torna medrosos, fechando-nos nas nossas seguranças e tirando-nos a coragem da profecia”.
“Como Paulo, somos chamados a ser libertos das hipocrisias da exterioridade; libertos da tentação de nos impormos com a força do mundo, e não com a debilidade que deixa espaço a Deus; libertos duma observância religiosa que nos torna rígidos e inflexíveis; libertos de vínculos ambíguos com o poder e do medo de ser incompreendidos e atacados”, concluiu. (EPC)
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