O Pontífice recordou que fomos criados para a plenitude, para viver a vida em abundância e que esse desejo profundo do nosso coração só pode ser plenamente satisfeito em Cristo.
Cidade do Vaticano (15/10/2025 12:19, Gaudium Press) Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 15 de outubro, o Papa Leão XIV refletiu sobre a diferença entre otimismo e esperança. O Santo Padre fez um convite aos 60 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro, para que redescubram na Ressurreição a fonte viva que sacia a sede mais profunda do coração humano.
Não fomos criados para a falta, mas para a plenitude
Tratando sobre o paradoxo da vida humana, o Pontífice destacou que “nossas vidas são marcadas por inúmeros acontecimentos, repletos de nuances e experiências diversas. Às vezes nos sentimos alegres, outras vezes tristes… Vivemos vidas ocupadas, alcançamos objetivos elevados e prestigiados, mas continuamos suspensos, inseguros, à espera de sucessos e reconhecimentos que demoram a chegar, ou nunca chegam. Gostaríamos de ser felizes, mas é muito difícil alcançar isso de forma constante e sem sombras… Sentimos, no fundo, que sempre nos falta algo”.
Diante desse contexto, Leão XIV recordou que “não fomos criados para a falta, mas para a plenitude, para viver a vida e a vida em abundância”. Segundo o Papa, esse desejo profundo do nosso coração só pode ser plenamente satisfeito em Cristo, “não em cargos, nem no poder, nem nas posses, mas na certeza de que há Alguém que garante esse impulso constitutivo da nossa humanidade; na certeza de que essa expectativa não será desiludida nem frustrada. Essa certeza coincide com a esperança. Isso não significa pensar com otimismo: o otimismo muitas vezes nos decepciona, quando vemos nossas expectativas ruírem, enquanto a esperança promete e cumpre”.
Nosso Senhor Jesus Cristo é a fonte viva que nunca seca
O Santo Padre declarou ainda que “o Ressuscitado é a fonte viva que nunca seca nem sofre alterações. Ela permanece sempre pura e pronta para quem tem sede”. Em seguida fez a refletiu sobre as características de uma fonte de água: “Ela sacia e refresca as criaturas, irriga a terra e as plantas e torna fértil e vivo o que, de outra forma, permaneceria árido. Refresca o viajante cansado, oferecendo-lhe a alegria de um oásis de frescor. Sem água, não podemos viver”.
Logo depois, usou dessa analogia para falar sobre Nosso Senhor Jesus Cristo Ressuscitado. “Ele é a fonte que sacia nossa sede ardente, a sede infinita de plenitude que o Espírito Santo infunde em nossos corações. A Ressurreição de Cristo, de fato, não é um simples acontecimento na história humana, mas o acontecimento que a transformou desde o seu interior”.
A esperança que brota da Ressurreição de Cristo
O Pontífice ressaltou ainda que “Jesus Ressuscitado não lança uma resposta ‘do alto’, mas torna-se nosso companheiro nessa viagem, muitas vezes cansativa, dolorosa e misteriosa. Só Ele pode encher de água nossa garrafa vazia quando a sede se torna insuportável. Sem o seu amor, a viagem da vida tornar-se-ia uma peregrinação sem destino. O Ressuscitado garante nossa chegada, conduz-nos para casa, onde somos esperados, amados e salvos”.
Por fim, Leão XIV exortou aos fiéis para que deixem-se transformar pela esperança pascal, pois caminhar com Jesus ao nosso lado “significa experimentar ser sustentados apesar de tudo, saciados e fortalecidos nas provações e nas dificuldades que, como pedras pesadas, ameaçam bloquear ou descarrilar nossa história”. Concluindo, o Pontífice manifestou seu desejo de que “da Ressurreição de Cristo brote a esperança que nos faz saborear, apesar das fadigas da vida, uma profunda e alegre serenidade, aquela paz que só Ele poderá nos dar no fim, sem fim”. (EPC)
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