InícioCatecismoPapa Francisco: converter a morte em vida e armas em alimento

Papa Francisco: converter a morte em vida e armas em alimento

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Na videomensagem enviada hoje para a abertura do Fórum Globosec Bratislava, na Eslováquia, o Papa olha para o mundo a ser construído depois da pandemia e “desenvolver uma ideia de retomada” que reconstrói, corrige “o que não funcionava antes da chegada do coronavírus e que contribuiu para piorar a crise”.

O Papa Francisco enviou uma mensagem em vídeo, ontem, terça-feira (15/06), aos participantes da 16ª edição do Fórum Globsec Bratislava, na Eslováquia, que se realiza em presença e também on-line, sobre o tema “Reconstruamos melhor o mundo”.

O evento conta com a participação de políticos como o presidente francês, Emmanuel Macron, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, líderes de opinião, empresários e organizações internacionais de hoje a 17 de junho.

Ver, julgar e agir. Estes três verbos citados pelo Papa Francisco na videomensagem, indicam o caminho para que o mundo saia melhor da crise causada pela pandemia de coronavírus.

Corrigir o que não funcionava antes da pandemia

Segundo o Papa, o primeiro passo a ser dado é ver o mundo que entrou em crise, analisar o seu passado, reconhecer “as carências sistêmicas”, os “erros cometidos” também em relação à Criação. A partir disso, “desenvolver uma ideia de retomada” que reconstrói, corrige “o que não funcionava antes da chegada do coronavírus e que contribuiu para piorar a crise”.

“Vejo um mundo que foi enganado por uma sensação ilusória de segurança baseada na fome de lucro. Vejo um modelo de vida econômica e social caracterizado por tanta desigualdade e egoísmo, em que uma pequena minoria da população mundial possui a maioria dos bens, muitas vezes não hesitando em explorar pessoas e recursos.”

“Vejo um estilo de vida que não cuida o suficiente do ambiente”, ressalta Francisco, enfatizando o hábito “de consumir e destruir sem restrições aquilo que pertence a todos e que deve ser protegido com respeito, criando uma “dívida ecológica” suportada sobretudo pelos pobres e pelas gerações futuras”.

Reconhecer a igualdade de cada ser humano

“O segundo passo é avaliar o que vimos”, ressalta o Papa. “A crise abre novas possibilidades: de fato, é um desafio aberto para enfrentar a situação atual, para transformar o tempo de provação num tempo de escolha. Uma crise obriga a escolher, para o bem ou para o mal. De uma crise, como eu já disse, não se      sai igual: ou se sai melhor ou pior. Mas nunca o mesmo”, afirma Francisco. “Julgar o que vimos e vivemos nos impele a melhorar”, a “dar passos adiante”.

“A crise que afetou a todos nos lembra que ninguém se salva sozinho. A crise nos abre o caminho para um futuro que reconhece a verdadeira igualdade de cada ser humano: não uma igualdade abstrata, mas concreta, que oferece às pessoas e aos povos oportunidades justas e reais de desenvolvimento.”

Uma visão abrangente e de esperança

Neste caminho, o último passo é agir para não desperdiçar a oportunidade da crise, “diante das injustiças sociais e da marginalização”, com um modelo que coloca no centro o respeito por todas as pessoas.

Toda ação precisa de uma visão, uma visão abrangente e de esperança: uma visão como a do profeta bíblico Isaías, que viu espadas transformarem-se em arados, as lanças em foices. Agir para o desenvolvimento de todos é realizar um trabalho de conversão. E antes de tudo decisões que convertem a morte em vida, as armas em alimento. Todos nós precisamos empreender também uma conversão ecológica. A visão de conjunto inclui a perspectiva da criação entendida como uma “casa comum” e exige uma ação urgente para protegê-la.”

O Papa espera que os debates destes dias ajudem a criar “um modelo de retomada capaz de gerar soluções mais inclusivas e sustentáveis; um modelo de desenvolvimento baseado na convivência pacífica entre os povos e na harmonia com a criação”.

FONTE: VATICAN NEWS.

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