O Santo Padre aproveitou a Audiência Geral desta quarta-feira para falar sobre os países que visitou nos últimos dias.
Cidade do Vaticano (18/09/2024 17:05, Gaudium Press) Na Audiência Geral desta quarta-feira, 18, realizada na Praça São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco recordou da sua recente viagem apostólica à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
A Igreja é muito maior que Roma e a Europa
“Uma primeira reflexão que surge espontaneamente depois desta viagem é que ao pensarmos na Igreja somos ainda demasiado eurocêntricos, ou, como se costuma dizer, “ocidentais”. Na realidade, a Igreja é muito maior que Roma e a Europa, muito maior! Também, ouso dizer, muito mais viva, nesses países!”, assegurou. O Santo Padre afirmou ter experimentado isso de forma emocionante, encontrando aquelas comunidades, ouvindo os testemunhos de Padres, Freiras, leigos, sobretudo catequistas.
Na Indonésia, apesar de ter a maior presença de muçulmanos no mundo e dos cristãos representarem cerca de 10% e os católicos 3%, o Pontífice garantiu ter encontrado uma Igreja viva, dinâmica, capaz de viver e transmitir o Evangelho. Dentro desse contexto, ele disse que teve “a confirmação de como a compaixão é o caminho que os cristãos podem e devem percorrer para dar testemunho de Cristo Salvador e, ao mesmo tempo, encontrar as grandes tradições religiosas e culturais”.
Beleza de uma Igreja missionária em saída
Já na Papua Nova Guiné, Francisco disse que encontrou “a beleza de uma Igreja missionária em saída. Lá os protagonistas foram e são ainda os missionários e os catequistas. Alegrou-me o coração poder conviver um pouco com os missionários e os catequistas de hoje; e fiquei comovido ao ouvir os cânticos e as músicas dos jovens: neles vi um futuro novo”.
Para o Santo Padre, “Papua-Nova Guiné pode ser um ‘laboratório’ deste modelo de desenvolvimento integral, animado pelo ‘fermento’ do Evangelho. Porque não há nova humanidade sem novos homens e novas mulheres, e só o Senhor os faz”.
Em Timor-Leste vi a juventude da Igreja
Recordando sua visita ao Timor-Leste, o Papa ressaltou que “o poder da promoção humana e social da mensagem cristã destaca-se particularmente na história do país, e que lá “a Igreja partilhou o processo de independência com todo o povo, orientando-o sempre para a paz e a reconciliação”.
“Isto não é uma ideologização da Fé, não, é a Fé que se torna cultura e ao mesmo tempo a ilumina, purifica, eleva. Mas sobretudo impressionou-me a beleza daquele povo: um povo experimentado, mas alegre, um povo sábio no sofrimento. Um povo que não só gera muitos filhos, como os ensina a sorrir. Esta é uma garantia do futuro. Em Timor-Leste vi a juventude da Igreja: famílias, crianças, jovens, muitos seminaristas e aspirantes à vida consagrada. Respirei ‘ar de primavera’!”, afirmou.
Agradecimentos do Papa Francisco
Sobre Singapura, última etapa da Viagem Apostólica Internacional do Papa, Francisco explicou que é “um país muito diferente dos outros três: uma cidade-estado muito moderna, centro econômico e financeiro da Ásia e de outros lugares. Lá, os cristãos são uma minoria, mas ainda formam uma Igreja viva, empenhada em gerar harmonia e fraternidade entre as diferentes etnias, culturas e religiões”.
Por fim, o Pontífice agradeceu: a esses povos, que o acolheram com tanto carinho e amor; aos seus governantes, que ajudaram para que esta visita fosse realizada com ordem e sem problemas; a todos aqueles que também colaboraram para isso; e a Deus, pelo dom desta viagem, pedindo para que Ele abençoe os povos visitados e os guie no caminho da paz e da fraternidade. (EPC)
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