Por ocasião do 4º centenário da descoberta das relíquias de Santa Rosália, Francisco exortou a Igreja de Palermo a estar “de pé”, mas também a ser “o farol de uma nova esperança e de uma comunidade viva que, regenerada pelo sangue dos mártires, dá um testemunho verdadeiro e luminoso de Cristo, nosso Salvador”.
Redação (08/07/2024 18:32, Gaudium Press) O Papa Francisco enviou, nesta segunda-feira (8/07), uma mensagem ao arcebispo de Palermo, Dom Corrado Lorefice, referente à celebração do quarto centenário da descoberta do corpo de Santa Rosália. O papa observou que este evento religioso é para “a Igreja de Palermo um louvor pelo dom de uma figura tão sublime de mulher e apóstola, que não hesitou em aceitar as provações da solidão por amor ao seu Senhor”.
Modelo de fé de Santa Rosália
Santa Rosália era de família nobre, viveu na corte até se retirar como eremita na gruta do Monte Pellegrino, onde foram descobertas as suas relíquias. Como recorda Francisco, ela “entregou a própria existência e abandonou a riqueza do mundo” para ser um exemplo a ser seguido.
Por amor ao seu Senhor, Santa Rosália renunciou à sua existência e abandonou as riquezas do mundo. Francisco ressaltou que “a vida do cristão, tanto na época em que nossa Virgem eremita viveu quanto em nossos dias, é constantemente marcada pela cruz. Aqueles que seguem a Cristo são chamados a estar em sintonia com a lógica do Evangelho, que é a esperança” e, no coração, deve “abrir espaço para o amor a fim de dá-lo aos outros, sacrificá-lo em favor dos seus irmãos, compartilhá-lo com aqueles que não o experimentaram por causa das ‘pragas’ que afligem a humanidade.”
“O testemunho de fé e caridade para com o próximo é um estilo de vida evangélico”, insistiu o bispo de Roma. Para ele, a Igreja de Palermo é “rica em cultura, história e fé profunda, onde grandes mulheres e homens encontraram forças para trabalhar a serviço do Evangelho e da justiça social”.
Um motivo para seguir a escola de Santa Rosália é renunciar ao supérfluo”. Esta escola, frisou o Sucessor de Pedro, deve levar cada fiel a “oferecer-se generosamente aos outros”. Francisco também pede à comunidade religiosa de Palermo que tenha “a força de espírito para enfrentar os desafios que ainda impedem o renascimento desta cidade, cujo caminho é marcado por tantos problemas, às vezes muito dolorosos”.
Para o Santo Padre, manter o rumo diante das provações da vida é também “olhar com coragem para aquele que é a Misericórdia, em cujos olhos os sofrimentos de seu povo não são invisíveis”. Deus, continua ele, “conhece nossas dores e está pronto para derramar o bálsamo da consolação que cura e dá novo ânimo”.
Francisco exorta a Igreja de Palermo a permanecer “de pé” com Santa Rosália, e que “seja farol de nova esperança, seja Comunidade viva que, regenerada pelo sangue dos Mártires, dá testemunho verdadeiro e luminoso de Cristo, nosso Salvador. Povo de Deus nesta abençoada faixa de terra, não perca a esperança e não se entregue ao desânimo.”
Santa Rosália é considerada uma importante padroeira de Palermo. O Festino de Santa Rosália – que começa no dia 10 de julho e termina no dia 15 de julho – exprime bem a forte relação que existe entre o povo de Palermo e a sua santa padroeira. Durante a festa, a população se reúne nas ruas do centro para expressar gratidão a Santa Rosália pelo milagre que aconteceu em 1625. Naquele ano, seus ossos, encontrados numa gruta do Monte Pellegrino e conduzidos em procissão pelas ruas da cidade, teriam livrado Palermo da peste.
Com informações Vatican News
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