O Catecismo nos oferece uma reflexão acerca dos verdadeiros assassinos de Jesus.
Redação (25/03/2024 15:48, Gaudium Press) A Igreja, em seu Catecismo, afirma que “os pecadores é que foram os autores, e como que os instrumentos, de todos os sofrimentos que o divino Redentor suportou”.[1] Partindo do princípio de que os nossos pecados atingem Cristo em pessoa,[2] a Igreja não hesita em imputar aos cristãos a mais grave responsabilidade no suplício de Jesus, responsabilidade que eles muitas vezes imputaram unicamente aos judeus:
“Devemos ter como culpados deste horrível crime os que continuam a recair nos seus pecados. Porque foram os nossos crimes que fizeram Nosso Senhor Jesus Cristo suportar o suplício da cruz, é evidente que aqueles que mergulham na desordem e no mal crucificam de novo em seu coração, tanto quanto deles depende, o Filho de Deus, pelos seus pecados, expondo-O à ignomínia. E temos de reconhecer: o nosso crime, neste caso, é maior que o dos judeus. Porque eles, como afirma o Apóstolo, “se tivessem conhecido a Sabedoria de Deus, não teriam crucificado o Senhor da glória” (1 Cor 2,8); ao passo que nós, pelo contrário, fazemos profissão de O conhecer: e, quando O renegamos pelos nossos atos, de certo modo levantamos contra Ele as nossas mãos assassinas”.[3]
“Não foram os demônios que O pregaram na cruz, mas tu com eles O crucificaste, e ainda agora O crucificas quando te deleitas nos vícios e pecados”.[4]
Extraído de: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Parte 1, cap. 2, art. 4, 598.
[1] Rm 1,5–11; Hb 12,3.
[2] Mt 25,45; At 9,4-5.
[3] Rm 1,5,11.
[4] Francisco de Assis. Admonitia 5,3. Opuscula Sancti Patris Francisci Assisiensis. Grottaferrata: G. Esser, 1978, p. 66. In: Fontes Franciscanas I. Braga: Editorial Franciscana, 1994, p. 114.
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