O povo de Nuevitas, na província de Camagüey – Cuba, não aguentava mais. E eles saíram para protestar contra a inflação, a escassez de alimentos, remédios…
Redação (30/08/2022 18:15, Gaudium Press) O roteiro infelizmente já é conhecido. O povo de Nuevitas, na província de Camagüey – Cuba, não aguentava mais e resolveu protestar contra a inflação, a falta de alimentos, remédios, cortes de energia de até 18 horas por dia, a impossibilidade de se expressar livremente.
Mas aí estava o regime socialista – o do socialismo não do século 21, mas do século 20 – com raízes antiquadas e no final das contas o mesmo de sempre, pronto para impor a repressão violenta, que passou a executar sem a consideração que o caracteriza.
Desde 19 de agosto passado, o regime cubano reprimiu esses protestos por vários dias.
A ONG Justicia 11J informou “desaparecimentos forçados, prisões e novos atos de censura e repressão”.
“Nossos números chegam a 18 detidos (incluindo duas meninas de 11 anos), mais dois novos desaparecimentos forçados. No momento da publicação desta atualização, o parque Nuevitas está completamente militarizado”, informou a ONG em 24 de agosto.
Em relação a esses acontecimentos, e em um gesto que não deixa de demonstrar coragem em um ambiente como o da ilha-prisão, a Conferência de Religiosos e Religiosas de Cuba (CONCUR) expressou sua solidariedade aos manifestantes e detidos em sua conta do Facebook.
“Lamentamos que a perseguição e a prisão sejam a única resposta que receberam”, disse o CONCUR em comunicado.
A CONCUR também expressou que, como Igreja, “oferecemo-nos mais uma vez para acompanhar as pessoas detidas e suas famílias”.
“Pedimos ao bom Deus, Pai de todos e Nossa Senhora da Caridade que proteja e guie todo o nosso povo pelos caminhos da liberdade, justiça e paz”, concluiu.
Com informações do CNA
Foto de contexto: Jametlene Reskp no Unplash
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