InícioCatecismoSão Filipe Néri, presbítero

São Filipe Néri, presbítero

Published on

Antes de morrer, octogenário, Filipe Néri queimou os manuscritos dos seus livros guardados na gaveta. Muito tempo antes, aos 24 anos de idade, fizera um pacote de todos os livros que então possuía (exceto a Bíblia e a Suma Teológica de Santo Tomás) e os levara para vender na praça distribuindo depois o dinheiro obtido aos pobres. Desde aquele instante somente Deus haveria de ocupar seus pensamentos e coração. “Se quisermos nos dedicar inteiramente ao nosso próximo — repetia — não devemos reservar a nós mesmos nem tempo nem espaço”. Filipe Néri recolheu consigo os meninos turbulentos dos subúrbios romanos e os educava divertindo-os. A quem se queixava do barulho que faziam, respondia: “Contanto que não pratiquem o mal, ficaria satisfeito até se me quebrassem paus na cabeça”. Para ajudar os mais necessitados não hesitava em pedir esmolas nas estradas. Um dia, um indivíduo sentindo-se importunado, deu-lhe um soco. “Este é para mim — foi a resposta sorridente do santo — agora me dê algum dinheiro para os meus meninos”.

Em pleno clima de reforma e contrarreforma, o santo expressou sua opinião a esse respeito, com uma frase muito eficaz: “É possível restaurar as instituições com a santidade, e não restaurar a santidade com as instituições”.

Filipe nasceu em Florença em 1515. Vivaz, alegre e otimista por temperamento (tanto que mereceu o apelido de Pipo, o bom), tentou várias profissões, entre as quais a de comerciante em São Germano, perto de Cassino, aos dezoito anos. Estudante em Roma, abandonou os estudos vendendo os livros para dedicar-se totalmente a atividades beneficentes. Ordenado padre aos 36 anos, criou pouco depois o Oratório, congregação religiosa de padres, empenhados de modo particular na educação dos jovens.

Sem parecer, Filipe tinha sólida cultura: promoveu os estudos de história eclesiástica, encaminhando a esta disciplina um dos seus sacerdotes, Barônio. Depois dos 75 anos de idade limitou sua atividade ao confessionário e à direção espiritual. Possuía o segredo da simpatia e da amizade. No leito de morte sentia-se culpado ao pensar que estava deitado numa caminha macia e limpa, enquanto Cristo morreu pregado na cruz. Após a morte, a 26 de maio de 1595, os médicos averiguaram sobre seu tórax, uma esquisita curva das costelas, como a dar espaço maior ao grande coração do apóstolo de Roma.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Fonte: Paulus.

Últimas Notícias

Giotto e Dante Alighieri

No fim da Idade Média, houve dois artistas nascidos em Florença, Itália, que marcaram...

Conceito de ‘família’ poderá ser alterado com a atualização do Código Civil

Segundo diversas entidades juristas católicos, caso as mudanças propostas sejam aprovadas, haverá um impacto...

No próximo domingo, a Igreja celebra o 61º Dia Mundial das Vocações

A Igreja Católica Universal celebrará o 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, cujo...

Papa nomeia o pároco Gherardo Gambelli como Arcebispo de Florença

Depois de 16 anos no cargo, o Papa Francisco aceitou a renúncia do Cardeal...

Audio-Book

148. I. Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório (AUDIOBOOK)

https://www.youtube.com/watch?v=8gGGSaTK2ic Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório — Bispo e Doutor da Igreja Quarta Dor...

147. II. Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório (AUDIOBOOK)

https://www.youtube.com/watch?v=63iCH0qZxGY Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório — Bispo e Doutor da Igreja Jesus é...

146. I. Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório (AUDIOBOOK)

https://www.youtube.com/watch?v=4b50saBVvfY Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório — Bispo e Doutor da Igreja Jesus é...