A Igreja celebra hoje, 10 de agosto, a festa de São Lourenço, diácono e mártir católico durante o Império Romano de Valério.
Redação (10/08/2023 08:01, Gaudium Press) São Lourenço, o santo espanhol, também conhecido como Lourenço de Huesta ou Valência, nasceu em 225. Para completar seus estudos humanistas e litúrgicos, foi enviado, ainda jovem, para a cidade de Cæsaraugusta (hoje Zaragoza), onde conheceu o futuro Papa Sisto II.
Este o estabeleceu como o primeiro dos sete diáconos ligados ao serviço da Igreja Romana. Nessa função, ele tinha a custódia do tesouro da igreja e era responsável por distribuir parte de sua renda aos pobres. O nome Lourenço é o mesmo que Laureamtenens, que significa Coroa feita de Louro, como os vencedores recebiam após suas vitórias. São Lourenço foi ajudante do Papa Sisto II e responsável por um centro dedicado aos pobres.
Martírio: testemunho de fé
Em 257, os cristãos começaram a ser perseguidos e mortos por ordem do imperador Valeriano I. Em 258, o Papa Sisto II foi decapitado. Ao caminhar para o lugar da execução, São Lourenço caminhava junto ao Papa e dizia: Aonde vai sem seu diácono, meu pai? Jamais oferecestes o sacrifício da missa, sem que eu vos acolitasse (ajudasse)! O Papa, comovido com essas palavras de dedicação filial, respondeu: Não estou te abandonando, meu filho! Deus reservou-te provação maior e vitória mais brilhante, pois és jovem e forte… Em três dias você me seguirá.
Depois da morte do Papa, o imperador exigiu que a Igreja lhe entregasse todos os seus bens, dentro de 3 dias. Vencido o prazo, São Lourenço presentou os pobres que eram acudidos pela Igreja e disse ao imperador: Estes são os bens da Igreja. Valeriano, então, com muita raiva, ordenou que Lourenço fosse queimado vivo.
Furioso, o prefeito ordenou a morte do Diácono, mas exigiu que fosse lenta e cruel. Despiram-no e deitaram-no sobre uma grelha, tendo embaixo brasas semi-acesas. Os que assistiam ao suplício viram o rosto do mártir rodeado de esplendor extraordinário.
O sacrifício de um mártir
De fato, o santo manteve a alegria no momento da execução, mostrando sua profunda fé na vida eterna, no encontro com Jesus Cristo. Por isso, no momento mais angustiante de sua vida – aos olhos do mundo – Lourenço, feliz, dizia aos soldados:
– Fazei-me virar. Já estou bastante assado desse lado.
Depois que o viraram, disse ainda:
– Está assado, podeis comer.
Olhando então ao céu, rogou a Deus pela conversão de Roma e expirou.
Uma multidão acompanhava o martírio de São Lourenço. E, no meio do povo, grande foi o número dos que se converteram a Jesus cristo ao verem o testemunho do jovem São Lourenço.
Senadores, convertidos pelo exemplo de sua constância, carregaram-lhe o corpo nas costas e o enterraram.
São Prudentius, contemporâneo de Lourenço, confirmou este fato quando escreveu que o exemplo de São Lourenço levou vários romanos à conversão.
Ele foi sepultado no cemitério de Siriaca, em Agro Verão, na Via Tiburtina, em Roma, onde mais tarde foi erigida uma basílica em sua honra.
A basílica, por graça de Deus, que honra seus santos, foi construída por um outro imperador romano: Constantino.
Dois anos após o martírio de São Lourenço, Valeriano foi capturado pelos persas. O imperador romano morreu prisioneiro distante de Roma.
Deus ama os que sofrem; bem entendido, os que padecem com resignação, em união com Ele; o sofrimento é uma prova de predileção. Peçamos a São Lourenço que, em nossos sofrimentos, tenhamos a mesma serenidade e resignação que ele teve durante seu martírio.
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